FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images / Daily Wire / Reprodução

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou nesta semana um relatório que acusa Israel de cometer genocídio em Gaza. No entanto, o documento, assim como o grupo responsável por ele, está repleto de viés anti-Israel.

Emitido pela Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, o relatório foi elaborado por três dos ideólogos mais radicais anti-Israel da organização: Navi Pillay, Miloon Kothari e Chris Sidoti. Todos eles possuem longos históricos de vilipendiar Israel, legitimar argumentos do Hamas e promover o movimento antissemita de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).

Esse relatório representa o mais recente exemplo de hipocrisia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que há muito tempo é acusado de proteger os piores violadores de direitos humanos do mundo, enquanto ataca obsessivamente a única democracia no Oriente Médio.

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Vamos analisar os detalhes.

Navi Pillay, presidente da comissão, acusou Israel de punição coletiva e de alvejar crianças, ao mesmo tempo em que disse pouco ou nada sobre o uso de civis como escudos humanos pelo Hamas ou o massacre em massa de inocentes israelenses em 07 de outubro de 2023. Ela também supervisionou o Relatório Goldstone, virulentamente anti-Israel, que mais tarde foi rejeitado por seu autor principal, o juiz Richard Goldstone, que explicou no Washington Post: “Se eu soubesse então o que sei agora, o Relatório Goldstone teria sido um documento diferente”.

Em 2010, o escritório dela se recusou a remover uma mensagem antissemita monstruosa de seu site, que falsamente acusava médicos israelenses de uma conspiração racista para roubar órgãos de palestinos.

Miloon Kothari, condenado por seus comentários antissemitas sobre o “controle judaico” das mídias sociais – Pillay alegou que suas declarações foram mal citadas –, continua a propagar tropos anti-Israel com o total apoio da burocracia da ONU.

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Chris Sidoti, um advogado ativista de esquerda, atua no conselho consultivo do Centro Australiano para Justiça Internacional, que classifica Israel como um regime de apartheid colonial de colonos e apoia o movimento BDS, que busca isolar economicamente e politicamente Israel da existência.

Esses são os investigadores independentes encarregados de avaliar a conduta de Israel em Gaza.

De acordo com o Daily Wire, a conclusão do relatório de que Israel está cometendo genocídio não se baseia em rigor legal, mas em uma narrativa unilateral que apaga o contexto, encobre o terrorismo do Hamas e acusa Israel de tudo, desde fome até violência sexual, alegando inclusive que Israel tenta impedir nascimentos entre palestinos.

O embaixador de Israel na ONU em Genebra, Danny Meron, rejeitou categoricamente o relatório como um documento de propaganda do Hamas, afirmando que ele seleciona dados para promover uma narrativa falsa destinada a demonizar e deslegitimar o Estado judeu.

O relatório acusa falsamente Israel de intenção genocida, uma alegação que não pode substanciar”, disse Meron. “Ele serve ao Hamas e seus apoiadores”.

Notavelmente, a comissão faz apenas uma referência superficial ao massacre de 07 de outubro, quando terroristas do Hamas mataram mais de 1.200 israelenses em um dos ataques mais horríficos da história judaica moderna. Em vez disso, culpa Israel por praticamente todos os aspectos do conflito, acusando-o até de violar a soberania do Catar ao atacar lideranças do Hamas em Doha – como se oficiais do Hamas merecessem imunidade diplomática.

O momento da publicação do relatório não é coincidência. Todos os três comissários – Pillay, Kothari e Sidoti – renunciaram em julho, com suas saídas efetivas em outubro de 2025. A pressa para publicar esse ataque político agora, poucas semanas antes de partirem, é claramente uma tentativa de evitar responsabilização enquanto sanções americanas se aproximam.

Mesmo sob pressão, o Conselho de Direitos Humanos da ONU concedeu a essa comissão um mandato aberto – único entre todas as investigações da ONU – para se concentrar apenas em Israel, não nas atrocidades do Hamas ou nas redes de terror palestinas. Como o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em 2018: “O Conselho de Direitos Humanos da ONU é um órgão protetor para países que cometem violações horríveis de direitos humanos”.

China, Cuba, Eritreia e Catar integram o Conselho. Mas é Israel – o país que resgata reféns, avisa civis antes de ataques e defende seus cidadãos de terroristas – que é chamado de genocida?

A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2018 – e novamente em 2025 – parece cada vez mais acertada. Em fevereiro, ele criticou os órgãos de direitos humanos da ONU como contrários aos interesses dos Estados Unidos, enquanto atacam aliados e propagam antissemitismo.

Ele não estava errado. Enquanto funcionários da UNRWA foram revelados como auxiliares do Hamas nos ataques de 07 de outubro, e reféns relataram terem sido mantidos em instalações da ONU, a mesma organização se ocupava em preparar lições de moral para Israel.

Esse relatório é a mais recente prova de que a bússola moral da ONU não está apenas quebrada, mas ativamente girando em direção a regimes que apoiam o terror.

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