A Organização das Nações Unidas reimpôs oficialmente sanções abrangentes contra o Irã no início do domingo, 28 de setembro de 2025, visando as ambições nucleares e as capacidades militares do regime.
A ação, ativada pela França, Alemanha e Reino Unido por meio do mecanismo de “snapback” do acordo nuclear de 2015, ocorreu após tentativas diplomáticas de última hora fracassarem na ONU.
Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou uma tentativa final da Rússia e da China de adiar a reimposição das sanções contra o Irã, apenas um dia antes do prazo.
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As sanções, que entraram em vigor às 00:00 GMT (20:00 no horário do leste dos EUA), congelam ativos iranianos no exterior, proíbem acordos de armas com Teerã e penalizam qualquer desenvolvimento de seu programa de mísseis balísticos.
O Irã, que insistiu que a ONU não tinha autoridade para reimpor as medidas, agora enfrenta um isolamento renovado em meio a crescentes dificuldades domésticas.
A França, o Reino Unido e a Alemanha emitiram uma declaração na qual advertiram o Irã contra “ações escalatórias” em resposta à reimposição das sanções.
“A reimposição das sanções da ONU não é o fim da diplomacia”, disseram os ministros das Relações Exteriores dos três países, conhecidos como E3.
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“Instamos o Irã a se abster de qualquer ação escalatória e a retornar ao cumprimento de suas obrigações legais de salvaguardas”, acrescentaram.
Enquanto isso, o rial iraniano despencou para mínimas recordes, elevando os preços dos alimentos e deixando muitos cidadãos incapazes de comprar itens básicos como carne e arroz.
As sanções também seguem a guerra de 12 dias em junho, durante a qual Israel lançou ataques contra alvos iranianos e os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares.
Em resposta à medida das potências europeias, o Irã chamou de volta seus embaixadores na França, Alemanha e Reino Unido para consultas, segundo a agência estatal IRNA.
O Irã argumenta que o mecanismo de snapback é ilegítimo, citando a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear em 2018, sob o presidente Donald Trump durante seu primeiro mandato.
De acordo com o Israel National News, as sanções devem escalar as tensões já elevadas entre o Irã e o Ocidente.
O próximo movimento de Teerã permanece incerto, embora autoridades tenham ameaçado anteriormente se retirar do Tratado de Não Proliferação Nuclear – um caminho seguido pela Coreia do Norte em 2003, antes de desenvolver armas nucleares.