Em resposta às sanções impostas pelo governo dos EUA a dois coordenadores do programa Mais Médicos, o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, defendeu a continuidade da parceria com a ditadura de Cuba. O programa, reativado em 2023 pelo governo petista, foi alvo de críticas e medidas punitivas pelo governo norte-americano.
De acordo com o Revista Oeste, os EUA consideram a parceria brasileira com o regime cubano como um “golpe diplomático inconcebível” e cassaram os vistos de burocratas diretamente envolvidos com o Mais Médicos. A justificativa é que o programa beneficia diretamente a ditadura cubana, que retém parte dos salários dos médicos participantes.
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O Departamento de Estado dos EUA prometeu novas sanções, incluindo a revogação de vistos e a imposição de restrições a funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), acusados de serem cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano.
Padilha, que assumiu o cargo em março de 2025, minimizou as sanções e as classificou como “ataques injustificáveis”. Em uma postagem no X, ele afirmou: “O Mais Médicos, assim como o Pix, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.
O ministro criticou a gestão de Donald Trump nos EUA, alegando que não se curvaria àqueles que perseguem vacinas, pesquisadores, a ciência e as pessoas fundamentais para o Mais Médicos durante sua primeira gestão como ministro da Saúde, mencionando Mozart Sales e Alberto Kleiman.
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Padilha elogiou o programa, destacando que, nos dois anos de governo atual, a quantidade de médicos no Mais Médicos dobrou. Ele expressou orgulho pelo legado do programa, que leva atendimento médico a milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. “Seguiremos firmes em nossas posições: saúde e soberania não se negociam. Sempre estaremos do lado do povo brasileiro”, concluiu.