Uma nova pesquisa divulgada na segunda-feira na corrida pela prefeitura de Nova York, nos EUA, revela que o candidato democrata Zohran Mamdani mantém uma liderança de dois dígitos sobre o independente Andrew Cuomo e o republicano Curtis Sliwa.
O levantamento da AARP/Gotham, realizado com 1.040 eleitores prováveis, aponta Mamdani com 43,2%, seguido por Cuomo com 28,9% e Sliwa com 19,4%. No entanto, as margens diminuem consideravelmente em cenários hipotéticos de confrontos diretos. Em uma disputa direta entre Mamdani e Cuomo, Mamdani lidera com 44,6% contra 40,7%, com quase 15% indecisos. Se Cuomo saísse da corrida, o apoio a Sliwa subiria para 31,5%, com Mamdani em 46,8% e 21,8% indecisos. A pesquisa tem margem de erro de ±4%.
A campanha de Sliwa questionou a credibilidade do levantamento, afirmando que ele “poderia muito bem ter sido pago e impresso na sede de Cuomo”.
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O porta-voz da campanha, Daniel Kurzyna, acrescentou: “Mesmo com perguntas enviesadas a seu favor, isso ainda confirma o que os nova-iorquinos sabem: a campanha de Curtis Sliwa está crescendo e nossos eleitores não vão a lugar nenhum”.
Kurzyna prosseguiu: “A esmagadora maioria dos apoiadores de Sliwa não tocaria em Andrew Cuomo nem com uma vara de três metros. Eles votarão em Curtis, e é isso que está causando pânico no acampamento de Cuomo”.
Ele enfatizou: “Curtis não vai desistir. Andrew Cuomo já perdeu, renunciou em desgraça para evitar o impeachment e empoderou a esquerda radical que nos deu Zohran Mamdani”.
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A campanha de Cuomo respondeu enquadrando a corrida como um “empate técnico” entre o ex-governador e Mamdani, caso Sliwa saísse. “À medida que os nova-iorquinos virem essa realidade, eles descartarão o estraga-prazeres Curtis Sliwa e se unirão a Cuomo para salvar a cidade”, afirmou a campanha. “Os eleitores não compram a política divisiva e extrema de Mamdani ou acreditam que um jovem de 34 anos, que nunca teve um emprego de verdade, está pronto para administrar a maior cidade do mundo”.
Mamdani tem enfrentado fortes críticas devido à sua postura anti-Israel, que incluiu sua falha em condenar a frase “globalizar a intifada” e sua crítica a Israel em 08 de outubro de 2023 – apenas um dia após o massacre do Hamas no sul de Israel.
Ele também declarou recentemente que pararia de usar a definição de trabalho de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).
Além disso, Mamdani acusou repetidamente Israel de crimes de guerra em sua luta contra o Hamas em Gaza.
Na semana passada, durante uma entrevista com Martha MacCallum na Fox News, Mamdani evitou uma pergunta sobre se o Hamas deveria depor as armas e deixar Gaza.
“Acredito que qualquer futuro aqui em Nova York é um que temos de garantir que seja acessível para todos, e no que diz respeito a Israel e Palestina, temos de assegurar que haja paz. E esse é o futuro pelo qual temos de lutar”, respondeu Mamdani.
Pressionado sobre se ele acredita que o Hamas deveria depor as armas e deixar a liderança em Gaza, ele disse: “Eu realmente não tenho opiniões sobre o futuro do Hamas e de Israel além da questão de justiça e segurança e do fato de que tudo tem de cumprir a lei internacional. E isso se aplica ao Hamas, se aplica ao exército israelense, se aplica a qualquer um que você me pergunte”.
Mais tarde, durante o debate pela prefeitura, Mamdani foi mais claro ao ser questionado sobre o que pensa do Hamas e se acredita que a organização terrorista deveria se desarmar.
“É claro que acredito que eles deveriam depor as armas… um cessar-fogo significa cessar o fogo”, respondeu Mamdani.
Ele então disse que essa ação é importante para o fim do “genocídio” em Gaza e a liberação de mais ajuda humanitária no território.
O atual prefeito de Nova York, Eric Adams, retirou-se recentemente da corrida, em meio a relatos de que foi pressionado pela Casa Branca para fazê-lo, em uma manobra destinada a abrir caminho para Cuomo derrotar Mamdani.
Após a retirada de Adams, várias organizações judaicas declararam apoio à campanha eleitoral de Cuomo.
Conforme relatado por Israel National News, esses desenvolvimentos ocorrem em um contexto de tensões políticas acirradas na cidade, observadas até esta data de 21 de outubro de 2025.
