Israel National News / Reprodução

Uma pesquisa recente realizada pelo Centro Sírio de Estudos de Opinião Pública (MADA) mostra uma mudança nas opiniões dos sírios sobre a normalização com Israel. O levantamento, intitulado “Rumo à Normalização: Opiniões e Expectativas Sírias sobre a Assinatura de um Acordo de Paz com Israel”, investiga as perspectivas da sociedade síria pós-conflito em relação às relações com Israel.

De acordo com informações de Israel National News, aproximadamente 2.550 sírios de todas as províncias participaram do estudo. Os resultados indicaram que 39,88% dos entrevistados apoiaram um acordo de paz com Israel, enquanto 46% se opuseram e 13,76% permaneceram indiferentes. Em relação ao estabelecimento de embaixadas entre os dois países, 59,25% rejeitaram qualquer presença diplomática, com 23,73% expressando apoio e 17,2% afirmando não ter interesse.

Apesar de alguma abertura para relações formais, 76% dos entrevistados identificaram Israel como a principal ameaça à segurança da Síria, à frente do Irã, dos Estados Unidos e da Rússia.

O apoio à normalização foi notavelmente mais forte nas províncias do sul de Suwayda e Quneitra. O MADA atribuiu isso ao papel percebido de Israel em relação à minoria drusa pós-Assad e à proximidade dos residentes de Quneitra com a fronteira israelense.

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Dr. Hossam al-Saad, chefe do MADA, afirmou que as atitudes variavam entre grupos étnicos e religiosos. Os curdos mostraram o maior nível de apoio a um acordo de paz, seguidos pelos cristãos. Entre as seitas religiosas, ismaelitas e alauítas demonstraram mais apoio à paz em comparação com os entrevistados sunitas.

A pesquisa também indicou que mais de 70% dos entrevistados acreditam que a normalização com Israel traria investimentos árabes e internacionais para a Síria. Ao mesmo tempo, 62% expressaram preocupação de que tal acordo poderia levar Israel a tomar mais terras sírias.

O levantamento foi realizado em um momento em que Israel intensificou suas ações militares na Síria após a queda do regime de Assad em dezembro de 2024. Ataques israelenses têm alvejado posições do novo governo sírio liderado por Ahmed al-Sharaa, citando preocupações de segurança.

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