Na manhã desta terça-feira, 17 de junho de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação resultou na prisão preventiva de duas pessoas e na execução de cinco mandados de busca e apreensão em Sergipe. As ordens judiciais, expedidas pela 3ª Vara Federal do estado, foram cumpridas em Aracaju (duas prisões e dois mandados de busca), Umbaúba (uma prisão e um mandado de busca) e Cristinápolis (dois mandados de busca).
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o sequestro de cinco imóveis ligados aos investigados, avaliados em cerca de R$ 12 milhões. Segundo a PF, a operação visa recuperar bens, avançar nas investigações sobre os descontos indevidos e garantir a recomposição do erário público, além de responsabilizar os envolvidos.
Paralelamente, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), deve ler, nesta terça-feira, o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar o mesmo esquema de fraudes no INSS. O pedido, protocolado em 12 de maio por Damares Alves (Republicanos-PB) e Coronel Fernanda (PL-MT), depende da leitura em sessão conjunta do Congresso, marcada para as 12h. Com a criação da CPMI prevista para meados de junho, sua instalação deve ocorrer apenas no segundo semestre, já que o recesso de São João, no final do mês, esvaziará o Congresso.
Segundo a revista O Antagonista, o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantiu que a CPMI não será dominada por governistas. “Exigimos que não seja uma CPMI chapa-branca, composta apenas por aliados do governo. Deve incluir parlamentares dispostos a investigar a fundo, independentemente de gestões passadas ou atuais, sem encenações. Motta se comprometeu a evitar uma composição exclusivamente governista”, declarou Zucco.
