Revista Oeste / Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu devolver à Procuradoria da República no Paraná (MPF/PR) a proposta de delação premiada do empresário Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco.

A medida foi tomada porque o material não apresentava provas concretas sobre políticos com foro privilegiado.

Beto Louco é investigado na Operação Carbono Oculto, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC no setor de combustíveis em São Paulo.

Ele também é alvo da Operação Tank, liderada pelo MPF/PR, e sua defesa tentou submeter propostas de delação em ambos os casos.

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concluiu que a proposta carecia de elementos suficientes para um acordo.

Fontes indicam que a PGR viu o conteúdo como insuficiente para prosseguir com a delação, mas o empresário ainda pode oferecer novos fatos para reabrir as negociações.

De acordo com o Revista Oeste, na proposta, Beto Louco se dispôs a relatar episódios envolvendo o presidente do Senado brasileiro, Davi Alcolumbre (União-AP).

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Entre os detalhes mencionados, está a entrega de canetas de Mounjaro ao senador, obtidas por Beto Louco em Brasília durante um encontro com Antônio Rueda, presidente do União Brasil.

Até agora, Alcolumbre não se pronunciou sobre o assunto.

No Ministério Público de São Paulo, a análise prossegue com cautela, avaliando se uma delação ajudaria a desvendar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

As investigações da Operação Carbono Oculto apontam que Beto Louco, ao lado de Mohamad Hussein Mourad, conhecido como Primo, controlava empresas usadas para movimentar recursos da facção.

A defesa do empresário optou por não comentar qualquer tratativa, citando o sigilo das negociações.

Em nota, a defesa afirmou que é equivocada qualquer ligação de Beto ou Primo ao PCC ou a outras facções criminosas.

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