Na noite de segunda-feira, 4 de agosto de 2025, a Polícia Militar do Distrito Federal interditou a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida visou impedir a aproximação de manifestantes que convocaram um buzinaço em protesto contra a decisão judicial.
Barreiras policiais foram montadas nas proximidades das sedes dos Três Poderes, mas apoiadores de Bolsonaro realizaram uma carreata com motos e carros pela capital federal. Como reportado pela Revista Oeste, os manifestantes entoaram gritos contra Moraes, como “Fora, Xandão”, e dirigiram-se ao condomínio onde Bolsonaro reside, no Jardim Botânico. Por volta das 23h, eles cantaram o Hino Nacional, rezaram, ergueram bandeiras do Brasil e gritaram frases como “O Brasil vai parar” e “Supremo é o povo”.
No final de julho, Moraes já havia ordenado a retirada do deputado Hélio Lopes (PL-RJ) de um acampamento na Praça dos Três Poderes, onde o parlamentar realizava uma “greve de silêncio” em protesto. O ministro também proibiu acampamentos num raio de 1 km dos principais pontos do centro político de Brasília, com o objetivo de evitar episódios semelhantes aos atos de 8 de janeiro de 2023. O deputado Zé Trovão (PL-SC), presente na manifestação, criticou a decisão de Moraes, afirmando que o ministro “ultrapassou todos os limites”.