Zahirul Nukman/Wikimedia Commons

A Prefeitura de São Paulo cancelou um evento marcado para sábado, 12 de abril de 2025, no Centro Educacional Unificado (CEU) Luiz Melodia, em São Miguel Paulista, que pregava o fim de Israel. A decisão, anunciada após denúncia da revista Oeste publicada em 27 de março de 2025, foi tomada em resposta à pressão da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e da vereadora Cris Monteiro (Novo), que alertaram sobre o caráter antissemita da iniciativa.

Organizado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) como parte de um ciclo de debates do Cursinho Sabotage, o evento “Palestina: História e Hoje” seria liderado por Ualid Rafah, presidente da Fepal. O anúncio exibia o mapa de Israel coberto pela bandeira palestina e o slogan “Palestina livre do rio ao mar!”, interpretado como um apelo à eliminação do Estado israelense. Após a denúncia de Oeste, a Fisesp, por meio de seu presidente-executivo Ricardo Berkiensztat, e Monteiro contataram o secretário municipal de Educação, Fernando Padula Novaes, exigindo providências.

Berkiensztat destacou a Fisesp: “A expressão ‘Palestina livre do rio ao mar’ pressupõe a eliminação de Israel e seus 8 milhões de habitantes, uma provocação antissemita.” Monteiro enviou um ofício à Secretaria de Educação, argumentando que o evento violaria a Constituição Federal (artigos 5º e 170) e a Lei nº 7.716/1989 contra racismo: “É inadmissível que um espaço público de formação se torne palco de antissemitismo.” Ela acionou a prefeitura para garantir o cancelamento, enfatizando a ilegalidade da iniciativa, de acordo com a Revista Oeste.

A Secretaria Municipal de Educação confirmou o cancelamento em nota breve: “A palestra não ocorrerá”, sem mais explicações. Berkiensztat agradeceu: “Recebemos a mensagem do secretário confirmando a suspensão devido ao teor antissemita. Agradecemos a atitude.” A rápida intervenção da Fisesp e de Monteiro, após a denúncia de Oeste, evitou a realização do evento em uma instituição pública.

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