REUTERS/Ints Kalnins / Israel National News / Reprodução

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou em uma entrevista à Bloomberg que o país cumprirá o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional em Haia contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, caso ele entre no território canadense.

Durante a entrevista, Carney declarou que, se Netanyahu entrar no Canadá, ele será preso de acordo com a ordem do Tribunal Penal Internacional.

Ele acrescentou que o Canadá continuará a agir em conformidade com a política legal internacional.

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Na semana passada, o Tribunal Penal Internacional rejeitou o pedido de apelação de Israel contra os mandados de prisão emitidos para o primeiro-ministro Netanyahu e o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pela responsabilidade em atos cometidos durante a guerra em Gaza.

De acordo com o Israel National News, a decisão do tribunal, emitida no ano passado, estabelece que há “motivos razoáveis” para presumir que Netanyahu e Gallant carregam responsabilidade criminal por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

O governo de Israel rejeitou categoricamente as acusações, deixando claro que se trata de uma medida política sem base legal.

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A Iniciativa Global de Paz Abraâmica (AGPI) exigiu que o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, retrate suas declarações. Em uma carta enviada pelo presidente da organização, Avi Avraham Ben-Lulu, ele alegou que a afirmação de Carney carece de base legal e viola a soberania de Israel.

Na carta, a AGPI enfatizou que o tribunal só pode atuar em nome de estados reconhecidos, e que o status do estado palestino ainda é controverso do ponto de vista do direito internacional. Também foi argumentado que apoiar o mandado de prisão seria considerado uma identificação com um processo judicial político, que não atende aos padrões legais aceitos.

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