O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou indignação com a conduta da Polícia Judiciária contra jornalistas durante a remoção do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) do plenário, ocorrida em 09 de dezembro de 2025.
Um auxiliar próximo de Motta transmitiu essa posição a Victor Ohana, presidente do Comitê de Imprensa da Casa. Profissionais de vários veículos de comunicação reportaram abordagens agressivas pelos agentes no decorrer da operação.
De acordo com o Revista Oeste, a repórter Sarah Peres, da própria publicação, quase sofreu uma queda ao ser empurrada enquanto cobria o protesto do deputado do Psol na Mesa Diretora.
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Além do emprego de força, os agentes barraram a entrada dos repórteres no plenário durante o tumulto. A ação de Braga foi um protesto contra a votação que examina a cassação de seu mandato.
A assessoria de comunicação da presidência da Câmara esclareceu que Motta não autorizou a operação e tampouco aprovou a limitação de acesso aos jornalistas. O assessor Gilclécio Lucena afirmou que o incidente será investigado.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) emitiram uma nota conjunta repudiando veementemente o episódio. As entidades também criticaram o corte do sinal da TV Câmara durante a remoção do deputado do Psol.
“A Fenaj e o SJPDF consideram extremamente grave o cerceamento ao trabalho da imprensa e à liberdade e ao direito de informação da população brasileira”, destaca um trecho da nota. “Mais grave ainda são os episódios de agressões físicas a profissionais da imprensa, que levam informação sobre o funcionamento da Casa Legislativa à sociedade brasileira.”
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Aliados de Motta descreveram o ocorrido como um “erro estrutural” nos protocolos de segurança da Câmara. A presidência está avaliando alterações nos procedimentos para evitar repetições de incidentes semelhantes.
