As próximas negociações nucleares entre os EUA e o Irã, que ocorrerão em Omã, serão cruciais para determinar se uma resolução diplomática é possível.
As tensões aumentaram significativamente desde que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu um aviso contundente de que o Irã deve desmantelar seu programa nuclear voluntariamente ou enfrentar a “destruição”. Essa linguagem indica uma mudança de negociação para dissuasão, aumentando os temores de uma escalada militar se a diplomacia falhar, especialmente após imagens de satélite revelarem recentemente um local nuclear secreto no Irã.
Há vários outros desenvolvimentos que levam a crer que as próximas negociações em Omã não estão acontecendo em um ambiente calmo e cooperativo; elas estão se desenrolando sob a sombra de um possível confronto.
Um desses fatores são os confrontos regionais por procuração. Segundo o Israel National News, autoridades dos EUA, incluindo o Secretário de Defesa Pete Hegseth, condenaram o Irã por apoiar os rebeldes houthis no Iêmen, especialmente após seus ataques a navios no Mar Vermelho, uma ameaça direta ao comércio internacional. Os EUA aceitaram o pedido dos houthis para encerrar sua guerra com a América.
Depois, há a Guerra das Sombras entre Israel e Irã. Ataques secretos e ciberataques continuam entre Israel e Irã, especialmente na Síria e em infraestruturas iranianas, exacerbando ainda mais a situação.
O posicionamento militar é um fator que alimenta a pressão durante as próximas negociações. Recentemente, os EUA reforçaram sua presença naval no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho, provavelmente como um sinal para Teerã. O Irã, por sua vez, testou ou exibiu novos sistemas de mísseis, reforçando sua desafio em meio à pressão.
A política interna do Irã mudou em direção aos linha-duras, que são mais resistentes à pressão dos EUA e desconfiados das intenções ocidentais. Isso pode tornar o compromisso menos provável, mesmo que o alívio das sanções esteja em discussão.
Além disso, a Rússia e a China estão apoiando diplomaticamente o Irã e resistindo às sanções dos EUA, complicando as negociações e reduzindo a influência de Washington.
O resultado das negociações nucleares entre os EUA e o Irã tem implicações significativas para Israel, tanto estrategicamente quanto politicamente. Israel vê essas negociações com grande preocupação, considerando as ameaças diretas que o programa nuclear iraniano representa para sua segurança.
