Roblox/Divulgação

Em uma nova frente na batalha pela segurança on-line das crianças, a procuradora-geral do Estado da Louisiana, Liz Murrill, entrou com um processo contra a Roblox Corporation. Ela alega que a plataforma é negligente ao permitir a exploração infantil.

De acordo com informações de Revista Oeste, o processo foi registrado na Justiça dos EUA na última quinta-feira, 14 de agosto de 2025. O documento destaca várias falhas nas medidas de proteção da plataforma, incluindo a ausência de verificação de idade e a falta de autorização parental. Além disso, o processo aponta a presença de conteúdos considerados impróprios e de predadores sexuais na rede.

O processo acusa o Roblox de facilitar a exploração sexual e o abuso de menores nos Estados Unidos durante anos, incluindo casos específicos na Louisiana. Em entrevista ao jornal The New York Times, a procuradora-geral Liz Murrill afirmou que “o Roblox está repleto de conteúdo prejudicial e predadores infantis, porque prioriza o crescimento de usuários, receita e lucros em detrimento da segurança infantil”.

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Liz Murrill alertou que “todos os pais devem estar cientes do perigo claro e presente que o Roblox representa para seus filhos”, para que possam tomar medidas preventivas e evitar que o impensável aconteça em suas próprias casas.

Atualmente, o Roblox conta com cerca de 111,8 milhões de usuários ativos diariamente, dos quais 36% têm menos de 13 anos. A empresa ainda não respondeu aos questionamentos sobre o processo.

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O processo também detalha a existência de experiências sexualmente explícitas dentro do ambiente digital, como “Escape to Epstein Island”, “Diddy Party” e “Public Bathroom Simulator Vibe”. O objetivo da ação judicial é obter uma ordem judicial que proíba a empresa de afirmar que possui mecanismos eficazes de segurança e impeça práticas consideradas enganosas segundo a legislação da Louisiana.

Durante uma entrevista coletiva, Liz Murrill argumentou que “é basicamente uma temporada aberta para predadores sexuais no aplicativo”. Ela defendeu que, devido aos riscos, “o Roblox deveria ser fechado”.

A procuradora-geral citou um caso recente em Livingston, Louisiana, onde agentes identificaram um suspeito de possuir material de abuso sexual infantil como usuário ativo do Roblox. O suspeito utilizou tecnologia para alterar a voz e simular ser uma criança, com o objetivo de aliciar menores.

Além deste episódio, há uma série de processos em diferentes estados dos EUA. Na semana passada, um pai californiano processou a empresa depois que sua filha de dez anos foi sequestrada por um homem de 27 anos que ela conheceu na plataforma.

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