O julgamento de um professor que processou a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), começou na semana passada em Santa Monica. Gordon Klein, professor de contabilidade da UCLA, está exigindo US$ 22 milhões em danos após ser suspenso por se recusar a dar notas mais brandas a estudantes negros após a morte de George Floyd, em 2020.
Em junho de 2020, semanas após a morte de George Floyd, Klein recebeu um e-mail de um grupo de seus alunos solicitando um exame final “sem prejuízos” que só poderia ajudar suas notas. Eles pediam testes mais curtos e prazos estendidos para trabalhos e projetos finais.
Os estudantes justificaram o pedido alegando que estavam traumatizados e precisavam escolher entre apoiar ativamente seus colegas negros ou se concentrar em concluir o semestre. “Acreditamos que permanecer neutro em tempos de injustiça dá poder ao opressor e, portanto, ficar em silêncio não é uma opção”, disseram os estudantes a Klein.
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De acordo com informações de Daily Wire, os alunos esclareceram que a solicitação não era um esforço conjunto para cancelar as provas finais dos estudantes não negros, mas sim um pedido para que Klein “exercesse compaixão e leniência com os estudantes negros” do curso.
Klein respondeu com e-mails sarcásticos que o colocaram em apuros com a universidade. Ele questionou como identificaria os estudantes negros em aulas online e perguntou sobre alunos de ascendência mista, como “metade negro, metade asiático”. Klein também mencionou que um estudante branco de Minneapolis poderia estar “ainda mais devastado” pelo incidente, especialmente se fosse considerado racista mesmo sem sê-lo.
O professor encerrou sua resposta citando Martin Luther King Jr., afirmando que não devemos julgar as pessoas pela cor de sua pele.