Na segunda-feira, 8 de setembro de 2025, veículos de comunicação internacionais noticiaram os protestos organizados pela direita brasileira em várias cidades do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Esses atos ocorreram durante o feriado da Independência e tiveram como foco principal a exigência de anistia para os investigados dos eventos de 8 de janeiro e a crítica às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Os manifestantes expressaram especial insatisfação com as ações do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro do Brasil.
Os protestos aconteceram um dia antes da retomada do julgamento de Bolsonaro, que é acusado de uma suposta tentativa de golpe em 2022. Segundo o Revista Oeste, a agência Reuters destacou o uso de bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos pelos manifestantes como um gesto de agradecimento ao ex-presidente americano Donald Trump. A Reuters também mencionou que Trump havia imposto altas tarifas sobre produtos brasileiros e sanções aos juízes que lideram o julgamento de Bolsonaro.
O jornal The New York Times observou que os apoiadores de Bolsonaro e da direita superaram em número os manifestantes de oposição ao ex-presidente. O periódico também ressaltou que, apesar de enfrentar processos, Bolsonaro ainda mantém uma forte influência política no Brasil. Além disso, o Times destacou a presença marcante de símbolos favoráveis aos Estados Unidos durante os protestos. Em Brasília, um homem foi fotografado usando uma máscara de Trump. No Rio de Janeiro, vendedores ofereciam camisetas com a imagem de Trump e a palavra “Magnitsky”. Em São Paulo, os manifestantes carregaram uma enorme bandeira dos Estados Unidos sobre suas cabeças.
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O jornal britânico The Guardian noticiou que os manifestantes pediram a intervenção de Trump para pressionar o governo brasileiro a favorecer a libertação de Bolsonaro. Um manifestante, Rodrigo da Silva, declarou ao veículo: “Ele é o único que pode nos salvar. Trump é a nossa única salvação.”
Na América Latina, o jornal argentino Clarín informou que milhares de pessoas participaram dos protestos, exibindo cartazes com frases como “Thank you, president Trump” em São Paulo. O jornal mencionou a presença de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, e do pastor Silas Malafaia, ambos defendendo a anistia aos condenados de 8 de janeiro e ao próprio Bolsonaro, caso seja condenado.
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O jornal espanhol El País destacou o discurso de Michelle Bolsonaro, que afirmou: “Quem tinha que estar aqui é meu marido, que está amordaçado em casa com uma tornozeleira eletrônica quando nem sequer foi julgado”. O jornal também registrou a presença de apoiadores em Copacabana, como Cristina Stefani e Rodrigo, vestidos com a bandeira dos EUA em agradecimento à ajuda de Trump e seu governo para derrotar a “ditadura judicial”.
O STF do Brasil iniciou na terça-feira, 9 de setembro de 2025, a segunda semana do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus, com sessões previstas até sexta-feira, 12 de setembro. Na quinta-feira, 11 de setembro, será lido o voto do relator, Alexandre de Moraes, seguido pelas manifestações dos demais ministros da 1ª Turma, antes da decisão final.