O Primeiro-Ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, viajou para Nova York e Washington na última sexta-feira, 12 de setembro de 2025, para se encontrar com autoridades dos EUA. Segundo o Israel National News, a visita de Al Thani foi motivada pelo recente ataque israelense em Doha, que teve como alvo líderes do Hamas.
Durante sua estadia nos EUA, Al Thani discutiu o ataque desta semana e o andamento das negociações para um cessar-fogo em Gaza. Ele deve se encontrar com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o ex-vice-presidente JD Vance, o ex-secretário de Estado Marco Rubio e o ex-enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Uma fonte próxima à equipe de segurança nacional de Trump informou que Rubio também conversou recentemente com Al Thani sobre a prioridade de expandir o acordo de cooperação de defesa entre Qatar e os EUA.
Na terça-feira, 9 de setembro de 2025, Trump expressou sua insatisfação com o ataque israelense em Doha. “Não estou entusiasmado com isso. Não estou entusiasmado com a situação toda. Não é… não é uma boa situação”, disse Trump quando questionado sobre o ataque. Ele acrescentou: “Mas eu direi isso: Queremos os reféns de volta. Mas não estamos entusiasmados com a forma como isso aconteceu hoje”.
PUBLICIDADE
No dia seguinte, 10 de setembro de 2025, o Wall Street Journal relatou que Trump desaprovou a decisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de atacar alvos do Hamas dentro do Qatar, classificando a ação como “não sábia”. Os comentários foram feitos durante uma ligação telefônica acalorada entre os dois líderes, logo após o ataque.
Funcionários seniores da administração citados pelo Journal disseram que Netanyahu defendeu a operação, explicando que teve uma breve janela de oportunidade para agir e aproveitou a chance. Netanyahu enfatizou a urgência do momento para justificar o ataque.
Mais tarde naquele mesmo dia, foi relatado que uma segunda conversa entre Trump e Netanyahu foi descrita como cordial. Durante esse diálogo, Trump perguntou se o ataque havia alcançado seus objetivos.