O rabino Mendy Litzman, chefe da Hatzalah Sydney, na Austrália, compartilhou um relato em primeira mão sobre o tiroteio ocorrido em Bondi Beach, durante uma entrevista concedida ao Arutz Sheva – Israel National News.
Ao descrever os momentos iniciais, o rabino Litzman afirmou que eles não sabiam de nada inicialmente. O evento transcorria normalmente até que o rádio começou a crepitar. Um dos respondedores começou a gritar no rádio: ‘Fui baleado. Enviem reforços agora. Preciso de reforços agora.’ E ele continuou gritando. Inicialmente, ficaram confusos, pois não se espera armas em Sydney. Em um segundo, porém, entenderam a situação e começaram a enviar recursos para o local.
O rabino Litzman, que atua como socorrista há 27 anos, descreveu a cena como algo sem precedentes: ‘Foi muito caótico. Nunca imaginei chegar a uma cena como essa. Todos gritavam: ‘Mendy, me ajude, me ajude, me ajude.’ Eu só tentava fazer o melhor para o maior número de pacientes.’
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Ele creditou o treinamento recebido em Israel, na Austrália e em Nova York por preparar sua equipe: ‘Fomos treinados em Israel várias vezes, e isso realmente nos ajudou. A memória muscular entra em ação e você simplesmente age. Você não pensa, apenas faz e tenta salvar o máximo de pessoas possível.’
De acordo com o Israel National News, o rabino conhecia muitas das vítimas pessoalmente, o que aumentou o impacto emocional: ‘Conhecíamos muitas pessoas lá. Havia muitos judeus feridos, e dois policiais. Eu conhecia muitos deles pessoalmente, incluindo um rabino que sofreu uma parada cardíaca.’
Ainda processando o trauma, o rabino Litzman admitiu: ‘Ainda estou funcionando no automático. Ainda não dormi desde o incidente. É difícil, mas o apoio vindo de todo o mundo tem sido incrível. É uma sensação maravilhosa que somos uma família. A nação judaica é uma família.’
A cena evocou memórias do massacre promovido pelo Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023: ‘É claro que você pensa no 7 de outubro ao chegar. Como não pensar? Ao mesmo tempo, você também pensa nos heróis do 7 de outubro que correram para ajudar as pessoas durante o massacre.’
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‘O que nos dá força é que salvamos muitas vidas. Lamentamos as perdas, mas não desistimos. O terrorismo não vence. Estaremos sempre lá. E continuamos salvando vidas porque é assim que dissipamos muita escuridão. Como no Hanukkah, um pouco de luz dissipa toda a escuridão. E como judeus, sabemos que sempre continuamos. Não cedemos ao terrorismo. Jamais deixaremos de ser judeus orgulhosos, e sempre ajudaremos a todos, independentemente de religião, raça ou gênero.’
