Os rebeldes Houthis do Iêmen detiveram três funcionários locais das Nações Unidas, incluindo duas mulheres, sob acusação de espionagem em favor de Israel, conforme uma fonte de segurança do grupo informou à agência AFP no último domingo.
As duas mulheres, que trabalham para o Programa Mundial de Alimentos, foram retiradas de suas residências no sábado, na capital Sanaa, controlada pelos Houthis. Um homem iemenita, também empregado pelo Programa Mundial de Alimentos, foi preso mais tarde naquela mesma noite.
A fonte acrescentou que os serviços de segurança e inteligência em Sanaa ainda possuem uma lista de pessoas procuradas por colaboração com o inimigo israelense e americano.
Essas prisões representam o mais recente episódio em uma repressão mais ampla dos Houthis contra a ONU. No início desta semana, outros sete funcionários locais da ONU foram detidos sob acusações semelhantes de conluio com Israel.
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Na semana passada, os rebeldes Houthis libertaram 12 funcionários internacionais das Nações Unidas e permitiram que outros três se movimentassem livremente dentro do complexo da ONU em Sanaa, dias após tê-los detido durante uma invasão à instalação na capital do Iêmen.
De acordo com o Israel National News, as Nações Unidas afirmam que os Houthis prenderam 55 de seus funcionários desde 2021.
O líder houthi Abdulmalik al-Houthi acusou agências da ONU, incluindo o Programa Mundial de Alimentos e o UNICEF, de praticarem “espionagem agressiva”. Ele ainda alegou que algumas dessas organizações estiveram envolvidas em ataques aéreos israelenses que atingiram uma reunião de gabinete em agosto, resultando na morte do primeiro-ministro do grupo.









