A Polícia Metropolitana de Londres anunciou na segunda-feira que mais 47 pessoas foram acusadas de apoiar o grupo proscrito Palestine Action, elevando o total de ativistas acusados para 114. Os réus, com idades entre 18 e 81 anos, devem comparecer ao tribunal nos dias 27 e 28 de outubro. Se condenados, podem enfrentar até seis meses de prisão.
De acordo com informações de Israel National News, o governo do Reino Unido classificou o Palestine Action como uma organização terrorista em julho. O grupo, conhecido por atos de vandalismo e protestos disruptivos, foi oficialmente proscrito sob a Lei de Terrorismo de 2000 após um incidente em uma base da Força Aérea Real, onde ativistas do grupo invadiram a base e picharam duas aeronaves com tinta vermelha, causando danos estimados em 7 milhões de libras.
Desde a proscrição do grupo, mais de 700 pessoas foram presas, a maioria durante demonstrações. Dessas, 114 foram formalmente acusadas.
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A Ministra do Interior do Reino Unido, Yvette Cooper, defendeu a proibição, afirmando que o grupo tem um “longo histórico de danos criminosos inaceitáveis” e enfatizando que “muitas pessoas ainda não conhecem a realidade dessa organização”, acrescentando que “ela não é não-violenta”.
Fundado em 2020, o Palestine Action se descreve como uma rede de “ação direta” que se opõe ao que chama de “cumplicidade” britânica com Israel, especialmente em relação às vendas de armas.
O grupo também desfigurou anteriormente um quadro do Lorde Balfour no Trinity College Cambridge, borrifando o retrato com tinta vermelha e cortando-o. Em outro incidente, membros do Palestine Action roubaram duas bustos do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, de um armário de vidro na Universidade de Manchester.