Relatos da mídia saudita al-Hadath e al-Arabiya, citando fontes árabes, indicam que os restos mortais de um espião israelense, enterrados na Síria, podem ser devolvidos em breve a Israel.
Eli Cohen (1924-1965) atuou como agente de inteligência israelense na Síria, sob o pseudônimo Kamel Amin Thaabet. Ele coletou informações detalhadas sobre posições militares sírias, incluindo fortificações nas Colinas de Golã. Cohen foi capturado em 1965 e executado em Damasco.
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Em maio, a Síria devolveu alguns pertences pessoais de Cohen, em uma ação que a agência Reuters descreveu como um gesto calculado para demonstrar boa vontade ao presidente dos EUA, Donald Trump, e abrir caminho para uma possível calmaria diplomática com Israel.
Além disso, o Mossad e o Serviço de Inteligência Estratégica recuperaram o arquivo oficial sírio sobre Cohen.
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A operação ocorreu próximo ao 60º aniversário da execução de Cohen e é vista como uma das mais sensíveis realizadas nos últimos anos. Os objetos foram recuperados após décadas em posse das forças de segurança sírias, sob estrito sigilo.
Entre os itens, estava o testamento original de Cohen, escrito horas antes de sua morte, além de pertences pessoais apreendidos de sua casa após a prisão.
O arquivo continha 2.500 itens, incluindo documentos, gravações, fotos, cartas pessoais e diários. Muitos desses itens foram revelados ao público pela primeira vez e formam um relato detalhado das atividades de Cohen e de seu interrogatório pela inteligência síria.
De acordo com o Israel National News, essas informações destacam o legado de Cohen na defesa de Israel.