Como reportado pela Revista Oeste, um relatório do Escritório do Representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR), divulgado na terça-feira, 15 de julho de 2025, identificou o sistema Pix e a pirataria no Brasil como fatores que prejudicam a competitividade de empresas norte-americanas. O documento analisa práticas comerciais brasileiras, incluindo comércio eletrônico, tecnologia, tarifas de importação e desmatamento, destacando preocupações que afetam os interesses econômicos dos EUA.
O relatório critica a promoção do Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, acusando o governo de adotar práticas desleais ao incentivar seu uso. “O Brasil parece envolver-se em práticas comerciais injustas relacionadas a serviços de pagamento eletrônico, promovendo um sistema desenvolvido pelo próprio governo”, afirma o USTR.
Outro ponto levantado é a persistência da pirataria, com destaque para a Rua 25 de Março, em São Paulo, descrita como um dos principais centros de comercialização de produtos falsificados no país. Apesar de operações policiais na região, o documento aponta que a venda de itens pirateados, como consoles de jogos modificados e dispositivos de streaming ilícitos, permanece disseminada devido à falta de punições efetivas e de estratégias de longo prazo. Segundo o USTR, essas falhas dificultam a expansão de canais legais para distribuição de conteúdo digital, prejudicando trabalhadores americanos de setores dependentes de inovação e criatividade.
Além disso, o relatório menciona barreiras comerciais, como tarifas elevadas, ausência de políticas robustas contra a corrupção, restrições ao mercado de etanol e alegações de discriminação contra empresas dos EUA. A investigação, conduzida por Jamieson Greer, representante comercial americano, alerta que a continuidade dessas práticas pode levar a sanções comerciais, com impactos significativos e de difícil reversão para a economia brasileira.