Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa do PoderData, divulgada nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, revela que a reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua superior à aprovação, com 53% dos entrevistados rejeitando a gestão e 42% aprovando-a. Apesar da vantagem negativa, os números mostram uma leve melhora em relação ao levantamento de dois meses atrás, quando 56% desaprovavam e 39% aprovavam. Segundo o instituto, a recuperação parcial se deve, em parte, à recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump, que justificou a medida citando desequilíbrios comerciais e a perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na avaliação do desempenho pessoal de Lula, 41% consideram seu trabalho ruim ou péssimo, enquanto 22% classificam como ótimo ou bom, e 34% veem como regular. Como reportado pela Revista Oeste, a pesquisa destaca que a aprovação é maior entre jovens de 16 a 24 anos (52%), moradores do Nordeste (50%) e pessoas com ensino fundamental (46%). Já a reprovação predomina entre adultos de 45 a 59 anos (58%), residentes do Sul (62%) e Centro-Oeste (61%), e aqueles com ensino superior (60%). Entre católicos, a avaliação é equilibrada, com 45% de desaprovação e 48% de aprovação, dentro da margem de erro. Evangélicos, por outro lado, mostram 69% de rejeição e apenas 26% de apoio, números estáveis nos últimos meses.

Cruzando os dados com o voto de 2022, 73% dos eleitores de Lula aprovam sua gestão, enquanto 24% desaprovam; entre os que votaram em Bolsonaro, 88% rejeitam o governo, e apenas 9% aprovam. A pesquisa também aponta preocupações com a idade de Lula, 79 anos, para a reeleição em 2026: 50% consideram a idade um obstáculo, 26% não veem problema, e 23% não souberam responder. A reprovação ao governo cresceu 18 pontos percentuais em um ano.

O levantamento entrevistou 2.500 pessoas em 182 municípios e no Distrito Federal, entre 26 e 28 de julho, por ligações telefônicas (celulares e fixos), com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança. Os dados foram ponderados para equilibrar variáveis demográficas e de renda.

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