Em 2023, a alpinista russa Natasha Nagovitsina, de 47 anos, quebrou a perna próximo ao cume do pico mais alto do Quirguistão, o Victory Peak, e ficou presa a 7.000 metros de altitude desde 12 de agosto. Quase duas semanas depois, o esforço de resgate foi suspenso. Nagovitsina ganhou notoriedade quatro anos antes, quando recusou-se a abandonar o marido após ele sofrer um derrame, mas ele acabou falecendo.
O Victory Peak, localizado na cordilheira Tian Shan, na fronteira com a China, tem 7.439 metros de altitude. Para comparação, o Monte Everest, o pico mais alto do mundo, atinge 8.972 metros.
Segundo o Fox News, a suspensão da missão de resgate ocorreu dias após a morte do alpinista italiano Luca Sinigaglia, que tentava ajudar Nagovitsina. Sinigaglia morreu de hipotermia em 15 de agosto, após alcançar o local onde Nagovitsina estava presa e fornecer a ela uma barraca, saco de dormir, alimentos, água e um fogão a gás.
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Outras tentativas de resgate, tanto por escalada quanto por helicóptero, fracassaram. Uma das tentativas envolveu um helicóptero do ministério da defesa do Quirguistão, que acabou caindo e deixou quatro pessoas feridas.
A última tentativa de resgate foi abandonada a cerca de 900 metros abaixo do local onde Nagovitsina estava, devido ao agravamento das condições climáticas. O líder do resgate, Dmitry Grekov, expressou dúvidas sobre a sobrevivência de Nagovitsina, afirmando: “Acho que não, porque ela está lá desde 12 de agosto – calcule quanto tempo passou. É irrealista. É irrealista sobreviver em tal altitude.
No fim de semana, as temperaturas no local onde Nagovitsina estava presa caíram para até -23 graus Celsius. Um drone que sobrevoou a área na terça-feira confirmou que ela ainda estava viva, mas quando o drone voltou a sobrevoar na quinta-feira, com temperaturas ainda mais baixas, não havia sinal de vida.