Israel National News / Reprodução

O Washington Post e o PBS Frontline divulgaram um documentário conjunto que detalha o planejamento e a execução da campanha militar de Israel contra o programa nuclear do Irã em junho, incluindo uma operação secreta para eliminar cientistas nucleares iranianos de alto escalão.

De acordo com o relatório, as forças israelenses realizaram ataques coordenados como parte de uma campanha mais ampla direcionada à infraestrutura nuclear, capacidades de mísseis e defesas aéreas do Irã. No centro do esforço estava o que autoridades israelenses descreveram como uma campanha para eliminar figuras-chave envolvidas na pesquisa nuclear do Irã, uma operação executada junto com atividades aéreas e de inteligência em larga escala.

O documentário relata que os ataques israelenses mataram vários cientistas nucleares iranianos seniores nos primeiros dias do conflito, incluindo Mohammad Mehdi Tehranchi e o ex-chefe de energia atômica Fereydoun Abbasi. Israel afirmou que um total de 11 cientistas líderes foram mortos ao longo da operação.

PUBLICIDADE

Segundo o Israel National News, a investigação do Washington Post e do PBS Frontline baseia-se em entrevistas com autoridades atuais e antigas de Israel, Irã, Estados Unidos e Estados árabes, muitas delas falando de forma anônima. Autoridades citadas no documentário avaliaram que o programa nuclear do Irã sofreu danos significativos, mas não foi eliminado, apesar das alegações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que ele havia sido completamente destruído.

O relatório também documenta baixas civis resultantes de alguns dos ataques, citando verificação independente realizada pelo Washington Post e por pesquisadores investigativos. Autoridades israelenses disseram aos cineastas que medidas extensas foram tomadas para reduzir danos a civis, enquanto autoridades iranianas relataram centenas de mortes civis causadas pela campanha.

O documentário descreve ainda as preparações de inteligência por trás da operação, incluindo anos de vigilância, o uso de agentes dentro do Irã e coordenação entre Israel e os Estados Unidos. O documentário também examina esforços diplomáticos e táticas de desinformação que precederam os ataques, bem como avaliações de inteligência divergentes sobre o progresso nuclear do Irã.

PUBLICIDADE

O relatório conjunto conclui que, embora o Irã retenha conhecimento nuclear e algum material enriquecido, os ataques atrasaram seu programa em vários anos, de acordo com autoridades israelenses, dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Energia Atômica entrevistadas para o documentário.

Icone Tag

Possui alguma informação importante para uma reportagem?

Seu conhecimento pode ser a peça-chave para uma matéria relevante. Envie sua contribuição agora mesmo e faça a diferença.

Enviar sugestão de pauta