Erfan Fard / Israel National News / Reprodução

Com a aproximação do aniversário da morte de Mahsa Amini, em 16 de setembro de 2022, o mundo volta a testemunhar a coragem do povo iraniano, especialmente das mulheres e jovens que deram início ao movimento “Mulher, Vida, Liberdade”. Seus gritos abalaram o regime totalitário de dentro para fora, provando que a demanda por dignidade, igualdade e liberdade não pode ser silenciada. O espírito desse movimento continua vivo e está ligado à luta mais ampla pela libertação do Irã.

Essa revolta incipiente preocupa Ali Khamenei mais do que qualquer outra coisa. Ele não passa os dias apenas culpando os Estados Unidos ou fantasiando sobre guerras intermináveis com a América e Israel. Embora sua hostilidade em relação a essas nações tenha se transformado em um teatro político de delírio e paranoia, e ninguém realmente saiba o que ele busca delas, pois certamente não pode destruí-las, ele se apresenta falsamente como defensor da nação iraniana. Na realidade, ele é o ditador que reprime os iranianos; sua própria existência, seu nome e sua presença são um insulto ao Irã e seu povo.

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Khamenei é o primeiro inimigo da nação iraniana, não a América, não Israel. Para preservar sua teocracia xiita, ele está disposto a sacrificar tudo. Tão embriagado está com sua máquina de repressão que parece pronto para massacrar a população para garantir a sobrevivência da República Islâmica, imaginando que o mundo permanecerá em silêncio.

De acordo com o Israel National News, Khamenei teme profundamente o nome “Pahlavi”. Para ele, o legado da monarquia iraniana, e especialmente o príncipe herdeiro Reza Pahlavi, tornou-se um pesadelo sem fim. Ao simplesmente mencionar o nome Pahlavi, ele entra em surtos histéricos.

Consequentemente, os arquitetos desacreditados da Revolução de 1979 tentaram manchar a imagem de Pahlavi, levando alguns dos seus apoiadores leais a optarem pelo silêncio e pelo isolamento. Além disso, uma campanha nos EUA foi lançada contra a única figura civil na polícia secreta e agência de inteligência do Xá, a SAVAK, Parviz Sabeti, que acredita-se ter tentado reformas e fugiu para os EUA em 1979. Após a publicação de suas memórias (“Dar Damgahe Hadeseh”), a jovem geração do Irã passou a vê-lo como um símbolo de resistência, mas agora há um processo judicial contra ele, alegando que ele teve um papel nas torturas a que os prisioneiros foram submetidos sob o Xá.

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O que realmente aterroriza Khamenei e seus aliados é a visão da transição do Irã para uma nova era, uma era que poderia ser facilitada pelo príncipe herdeiro Reza Pahlavi, que repetidamente enfatizou que o futuro do sistema político do Irã deve ser determinado apenas pelo povo, através de um referendo livre. Essa visão duplica o medo do líder do regime, pois em tal escolha o povo certamente se moveria em direção à liberdade e à emancipação.

Recentemente, Khamenei declarou sarcasticamente: “Os inimigos estavam tão seguros de si que até se sentaram na Europa e nomearam um rei!” Mas suas próprias palavras revelaram a verdade: seu maior medo é o retorno do Irã ao seu curso histórico natural. A República Islâmica é um experimento fracassado; uma miragem anti-iraniana sustentada apenas pela repressão e pelas mentiras. As ilusões de Khamenei não podem salvá-la.

O povo do Irã, independentemente de crença ou inclinação política, sabe de uma coisa: ninguém quer a República Islâmica, e seu colapso é inevitável. É precisamente neste momento que a memória de Mahsa Amini ressurge: uma jovem cuja vida se tornou a chama de uma nação. Hoje, seu nome não é apenas um símbolo de protesto, mas uma bandeira para um futuro livre. Khamenei pode temer o nome Pahlavi, mas o que o abala e seu regime ainda mais é a voz das mulheres e jovens que, com o grito “Mulher, Vida, Liberdade”, mostraram que o Irã nunca se renderá à tirania. O futuro do Irã pertence ao seu povo, e essa é uma verdade que nenhuma ditadura pode silenciar.

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