Franklin Jacome/Agencia Press South/Getty Images / Daily Wire / Reprodução

No dia 05 de outubro de 2025, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, apareceu no programa “This Week” da ABC e detalhou o mais recente esforço da administração Trump para promover a paz entre Israel e o Hamas. Ele argumentou que a nova proposta representa o ponto mais próximo de uma liberação completa de reféns e oferece um caminho viável para a paz, desde que decisões difíceis sejam tomadas e os passos corretos sejam seguidos.

Rubio destacou que a primeira fase do plano Trump é inegociável e prioritária: a liberação de todos os 48 reféns — 20 vivos e 28 falecidos — em troca da retirada das forças de Israel para a chamada “linha amarela”, uma linha aproximadamente alinhada com a posição militar de Israel em agosto de 2024. “Esta é a mais próxima que chegamos de libertar todos os reféns”, disse Rubio à apresentadora Martha Raddatz, enfatizando que “cada um deles” deve voltar para casa antes que soluções de longo prazo possam ser consideradas.

Rubio repetiu que tudo depende desse avanço inicial. “A prioridade número um é libertar os reféns”, afirmou ele de forma direta. Sem esse passo, “não haverá paz de longo prazo aqui”.

PUBLICIDADE

A segunda fase do acordo, explicou Rubio, envolve a construção de uma estrutura de governança para Gaza, supervisionada pelos EUA, Israel e parceiros internacionais. A visão inclui tecnocratas, preferencialmente palestinos, sem laços com o Hamas ou qualquer grupo terrorista. Trata-se de um desafio imenso, admitiu Rubio, mas essencial para qualquer “permanência no fim do conflito”.

Raddatz pressionou Rubio sobre a questão controversa da criação de um Estado palestino. “Sim ou não: a administração Trump apoia a criação de um Estado palestino?”, perguntou ela. Rubio evitou uma resposta simplista. “Isso não é uma pergunta de sim ou não; é um processo”, respondeu. Ele reconheceu que a aspiração existe, mas alertou que o Estado deve ser conquistado por meio de uma governança confiável e segurança garantida, não concedido a uma entidade que ainda abrigue intenções genocidas contra Israel. “Esqueça a criação de um Estado” se Gaza continuar sendo um foco de terror, disse ele. “Não podemos ter um Estado palestino governado pelo Hamas”.

PUBLICIDADE

De acordo com o Daily Wire, é aí que entra a desmobilização, uma peça crítica da Fase Dois. “Enquanto houver uma ameaça emanando de Gaza contra a segurança de Israel”, alertou Rubio, “não haverá paz”. Seja o Hamas ou um grupo futuro, qualquer entidade dedicada a construir túneis, disparar foguetes ou sequestrar civis deve ser desarmada e desmantelada. “Essa desmobilização tem que acontecer”, declarou Rubio. “Claramente, o Hamas é uma organização que não acreditamos que possa fazer parte disso”.

Questionado sobre logística, Rubio observou que as operações militares devem pausar para garantir uma troca segura de reféns. “Não se pode fazer uma troca de reféns se bombas estiverem explodindo e combates ativos estiverem ocorrendo”, explicou. Israel concordou em suspender operações ofensivas, respondendo apenas a ameaças iminentes, como possíveis ataques suicidas.

Mas com o Hamas conhecido por jogos sujos, Rubio foi realista sobre os riscos: “Se ficar claro que os reféns não serão libertados e eles estiverem jogando”, disse ele, “então acho que o presidente afirmou qual será nossa posição”. Ele não elaborou, mas a implicação foi clara: o Hamas tem uma janela limitada para cumprir.

Rubio também deixou claro que o presidente dos EUA, Donald Trump, quer que o acordo avance rapidamente, sem semanas de hesitação sobre detalhes. “Não podemos estar aqui três semanas depois ainda discutindo a logística de como os reféns serão libertados”, alertou Rubio.

Em resumo, o quadro de paz de Trump é duplo: primeiro, garantir a liberação dos reféns, um pré-requisito inegociável. Segundo, construir uma estrutura de governança segura e não terrorista para Gaza. Embora Rubio permaneça “otimista”, ele também deixou claro: “Isso não vai ser fácil”.

Mas acrescentou: “Estamos em uma posição muito melhor hoje do que estávamos sete dias atrás”.

Rubio afirmou: “Até que Gaza seja governada por pessoas que não estejam interessadas em destruir Israel, até que não haja ameaças de segurança emanando contra Israel de Gaza, esqueça a criação de um Estado. Agora, a prioridade número um é libertar os reféns”.

Esta é a mais próxima que chegamos de libertar todos os reféns. Cada um deles”, expressou o secretário de Estado Marco Rubio, otimista de que um acordo entre o Hamas e Israel para encerrar a guerra em Gaza possa finalmente ser alcançado.

Icone Tag

Possui alguma informação importante para uma reportagem?

Seu conhecimento pode ser a peça-chave para uma matéria relevante. Envie sua contribuição agora mesmo e faça a diferença.

Enviar sugestão de pauta