Police spokesperson / Israel National News / Reprodução

Um cidadão russo que residia em Israel com visto de trabalho atuou por meses sob orientação de agentes de inteligência iranianos, realizando tarefas como fotografar e documentar locais sensíveis em todo o país, conforme uma grave acusação apresentada pelo Ministério Público do Distrito Central ao Tribunal Distrital.

De acordo com a acusação, Vitaly Zvyagnintsev, de 30 anos, estabeleceu contato em outubro de 2025 com uma pessoa que se identificou como “Roman”, atuando como agente estrangeiro para uma entidade hostil a Israel.

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A comunicação ocorreu por meio dos aplicativos Telegram e WhatsApp, período em que o acusado recebeu missões para documentar portos, navios militares e instalações estratégicas, em troca de pagamentos via meios digitais.

Entre outras ações, Zvyagnintsev documentou o porto de Eilat, o porto de Haifa, o porto de Ashdod, navios de guerra dos EUA e de Israel, as refinarias de petróleo em Haifa e áreas de importância para a segurança.

Conforme a acusação, o acusado verificou os tipos de navios que deveria fotografar e compreendeu que se tratavam de tarefas de espionagem.

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Em novembro de 2025, durante uma das missões, o acusado foi até a marina em Herzliya e fotografou a área de iates perto do Hotel Carlton. Guardas de segurança no local o notaram, chamaram a polícia, e ele foi detido, interrogado e obrigado a deletar as fotos que havia tirado. Posteriormente, foi liberado do local. Apesar do contratempo, o acusado atualizou seu contato e recebeu pagamento pela operação.

Apesar do atraso e da exposição inicial, Zvyagnintsev prosseguiu com tarefas adicionais para o agente. Entre elas, comprou, conforme instruído, um telefone celular dedicado para fins de documentação, forneceu uma foto de sua permissão de residência e até explorou a possibilidade de trabalhar exclusivamente para a entidade estrangeira.

A prisão ocorreu em 4 de dezembro de 2025, quando o acusado viajou até a base aérea de Ramat David para fotografar e documentar o local. Forças de segurança o prenderam no local antes que pudesse transmitir os vídeos ao seu contato. Desde a prisão, ele permanece sob custódia.

A acusação o imputa por crimes graves, incluindo contato com agente estrangeiro, fornecimento de informações ao inimigo com intenção de prejudicar a segurança do Estado e tentativas de repassar informações relacionadas à segurança. O Ministério Público enfatiza que o acusado agiu de forma consciente, entendendo que trabalhava para entidades que buscavam prejudicar Israel, mas continuou suas ações por motivos financeiros.

De acordo com o Israel National News, o Shin Bet, serviço de segurança de Israel, apelou aos cidadãos, residentes e trabalhadores estrangeiros no país para que evitem contatos com indivíduos não identificados ou Estados inimigos, e destacou que as agências de segurança continuarão a atuar com determinação para frustrar qualquer atividade de espionagem e terrorismo dentro do território.

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