No último domingo, o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, expressou apoio ao encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, marcado para esta semana. Em entrevista ao programa “Face The Nation” da CBS News, Rutte afirmou que Trump “rompeu o impasse” e abriu caminho para negociações de paz com Putin. Quando questionado pela apresentadora Margaret Brennan sobre a comparação do encontro com a apaziguamento dos nazistas em 1938, Rutte esclareceu que a reunião de sexta-feira terá como objetivo “testar” o quão sério Putin está em relação a um cessar-fogo ou ao fim da guerra na Ucrânia.
De acordo com informações de Daily Wire, Rutte enfatizou que, quando se trata de negociações de paz, cessar-fogo e o que acontecerá depois em termos de territórios e garantias de segurança para a Ucrânia, a Ucrânia terá que estar envolvida e estará envolvida. No entanto, ele destacou que na sexta-feira será crucial verificar a seriedade de Putin, e que apenas o presidente Trump pode fazer isso.
Rutte continuou dizendo que é essencial que o encontro ocorra, pois é importante iniciar a próxima fase do processo, pressionando os russos exatamente como Trump tem feito nos últimos seis meses. Ele reiterou que Trump “testará” Putin durante o encontro no Alasca nesta sexta-feira.
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Putin, segundo relatos, comunicou à administração Trump que a Rússia encerraria a guerra se a Ucrânia cedesse o controle das regiões orientais de Donetsk e Luhansk, que a Rússia já controla em grande parte, embora as forças ucranianas ainda estejam combatendo em alguns pontos. Além disso, Putin exigiu o reconhecimento do controle russo sobre a Península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Na sexta-feira, Trump mencionou que a paz entre Ucrânia e Rússia poderia envolver “alguma troca” de territórios, sugestão que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitou categoricamente no sábado. Zelensky afirmou que “os ucranianos não vão presentear sua terra ao ocupante”. Ele acrescentou que qualquer decisão tomada contra a Ucrânia ou sem a participação da Ucrânia é, ao mesmo tempo, uma decisão contra a paz, trazendo nada de positivo. “São decisões mortas; nunca funcionarão”, disse Zelensky em um vídeo postado no Telegram.
Conforme relatado por Daily Wire, o apoio ucraniano para continuar a guerra contra a Rússia desabou, de acordo com uma pesquisa Gallup divulgada na semana passada. O apoio a uma solução negociada para encerrar a guerra subiu para 69%, contra 52% do ano passado. Já o apoio para continuar lutando caiu de 38% para 24% no mesmo período.









