Na quinta-feira, 10 de abril de 2025, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) promoveu um ato ecumênico que reuniu líderes religiosos de diversas tradições, incluindo o historiador Sayid Marcos Tenório, conhecido por apoiar o Hamas e por zombar de uma refém israelense sequestrada pelo grupo em 2023. A informação foi publicada pela Oeste em 27 de março de 2025, um dia após o Conselho de Ética da Câmara aprovar a cassação do mandato de Braga.
Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil Palestina (Ibraspal) e especialista em relações internacionais, juntou-se a representantes católicos, indígenas, umbandistas e candomblecistas, que rezaram pelo deputado. Em outubro de 2023, após o ataque do Hamas, ele publicou: “Colonos judeus ilegais sentindo por um dia o que os palestinos sofrem há 75 anos.” Ao compartilhar um vídeo de uma mulher sequestrada e abusada pelo grupo, escreveu: “Marca de merda.” As declarações geraram críticas, levando-o a excluir perfis nas redes sociais e ser demitido da assessoria do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
Na quarta-feira, 9 de abril, o Conselho de Ética decidiu pela cassação de Braga por 13 votos a 5, sem abstenções. O deputado anunciou uma greve de fome e prometeu permanecer na Câmara até o desfecho do processo. Ele pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem cinco dias para analisar o pedido. Se rejeitado, o caso vai ao plenário, onde precisa de 257 votos (maioria absoluta) para confirmar a perda do mandato, de acordo com a Revista Oeste.