Em 2023, o estado de Tennessee, nos EUA, venceu um caso histórico na Suprema Corte que garantiu aos estados o direito de proteger crianças de procedimentos médicos transgêneros. Quase dois meses após a decisão, o Procurador-Geral de Tennessee, Jonathan Skrmetti, afirmou que a vitória desencadeou uma reflexão nacional sobre a ideologia de gênero radical.
O caso, Estados Unidos vs. Skrmetti, girava em torno de uma lei de Tennessee que proibia médicos de realizarem cirurgias de transição de gênero em crianças e de prescrever bloqueadores de puberdade ou hormônios cross-sex. Durante uma entrevista em Nashville na Convenção Nacional dos Jovens Republicanos, Skrmetti comentou o impacto do caso, sugerindo que ele pode ter sido o golpe final na ideologia de gênero radical.
Segundo o Daily Wire, Skrmetti comparou a situação a um balão que foi inflado com ideologia radical e que, ao estourar, fez com que todos percebessem os erros cometidos. Ele destacou que a confiança do público nos chamados especialistas médicos foi abalada devido à promoção da ideologia transgênero.
Skrmetti também expressou surpresa com o efeito cultural da decisão, afirmando que ela desencadeou uma reflexão sobre como a sociedade chegou ao ponto de aceitar tais procedimentos. Ele observou que muitas pessoas passaram a questionar a validade das informações fornecidas pelos especialistas.
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Nos anos anteriores ao confronto na Suprema Corte, hospitais em todo o país abriram clínicas de gênero para crianças, e organizações como a Academia Americana de Pediatria e a Associação Médica Americana promoveram esses procedimentos que alteram a vida.
A decisão coincidiu com os esforços da administração Trump para reprimir hospitais em todo o país que realizaram procedimentos de gênero em crianças. Skrmetti apontou que alguns hospitais agora podem enfrentar repercussões legais por realizar procedimentos transgêneros em crianças.
Por exemplo, a detransitioner Chloe Cole processou os médicos que supervisionaram a remoção de seus seios e procedimentos hormonais, acusando-os de pressioná-la a tentar mudar seu gênero medical e cirurgicamente enquanto ela lutava com doenças mentais e não podia consentir plenamente como menor.
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Skrmetti afirmou que, se um hospital realizar um procedimento que altera a vida de uma criança e houver qualquer coerção, falta de consentimento real ou se os riscos não forem divulgados, isso pode custar aos hospitais quantias enormes de dinheiro.