Reuters / Israel National News / Reprodução

Oito senadores republicanos dos Estados Unidos apresentaram uma legislação destinada a impedir que oficiais iranianos sancionados entrem no país como representantes diplomáticos na Organização das Nações Unidas (ONU).

A proposta, batizada de Lei de Fortalecimento da Aplicação e Restrições de Vistos de Entrada (SEVER, na sigla em inglês), proibiria qualquer oficial iraniano designado sob a Ordem Executiva 13876 de obter um visto diplomático. Essa ordem executiva, assinada pelo presidente dos EUA Donald Trump em 2019, atinge mais de 100 indivíduos e entidades ligadas ao Supremo Líder do Irã, Ayatollah Ali Khamenei.

O senador Ted Cruz, republicano do Texas e um dos copatrocinadores da lei, acusou o regime iraniano de ser responsável pelo assassinato, ferimento e sequestro de milhares de americanos.

“Se você é um comparsa do aiatolá que foi sancionado pelos Estados Unidos, isso significa que você representa uma ameaça à segurança dos americanos, e não deve ser permitido pisar em solo americano – muito menos participar de diplomacia na Assembleia Geral das Nações Unidas”, declarou Cruz.

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A legislação é liderada por Cruz e pelo senador Rick Scott, republicano da Flórida, e conta com o apoio dos senadores Tom Cotton, republicano do Arkansas; Joni Ernst, republicana de Iowa; Ashley Moody, republicana da Flórida; John Barrasso, republicano de Wyoming; Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul; e Bill Hagerty, republicano do Tennessee. A deputada Claudia Tenney, republicana de Nova York, apresentou uma versão complementar da lei na Câmara dos Representantes.

De acordo com o Israel National News, os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas com o Irã desde 1980. Os diplomatas iranianos baseados em Turtle Bay, sede da ONU em Nova York, já estão sujeitos a restrições de viagem, e na segunda-feira, 22 de setembro de 2025, o Departamento de Estado dos EUA anunciou uma nova proibição que os impede de fazer compras em lojas de luxo e atacadistas.

Em 2019, o Departamento de Estado dos EUA negou um pedido do então ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif – ele próprio sancionado sob a Ordem Executiva 13876 – para visitar o embaixador iraniano na ONU em um hospital de Nova York, onde ele recebia tratamento contra o câncer.

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Em 2020, a administração Trump barrou Zarif de entrar nos Estados Unidos para discursar no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a eliminação pelo governo americano do principal oficial militar do Irã, Qassem Soleimani.

Durante uma visita anterior de Zarif à ONU, os Estados Unidos emitiram um visto para ele, mas o proibiram de se mover além de seis quarteirões da missão iraniana na ONU em Midtown Manhattan, uma medida que resultou em críticas da ONU.

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