O soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF) Tamir Nimrodi, cujo corpo foi devolvido esta semana do cativeiro do Hamas, foi sepultado na quinta-feira, 16 de outubro de 2025, no Cemitério de Kfar Saba, em Israel.
O funeral contou com a presença do ministro Nir Barkat, do partido Likud de Israel, do deputado Eli Dalal, também do Likud de Israel, dos ex-chefes do Estado-Maior das IDF Gabi Ashkenazi e Herzi Halevi, do ex-diretor do Mossad Tamir Pardo, que reside em Nirit, e do embaixador da Alemanha em Israel, Steffen Seibert.
O pai de Tamir, Alon Nimrodi, fez um discurso emocionado em homenagem ao filho, dizendo: “Quantas vezes eu falei, quantas vezes contei sua história, quantas vezes implorei, gritei e clamei por você. E agora? Agora não encontro as palavras. Não sei o que escrever.
PUBLICIDADE
Meu amado e precioso Tamir. Como um pai faz o elogio fúnebre de seu filho? Em que tipo de mundo um pai precisa se levantar e fazer o elogio fúnebre de seu filho primogênito?”
Ele relatou a luta da família nos dois anos desde o sequestro de Tamir, recordando: “Desde o primeiro momento em que ficou claro que você havia sido levado, quando vi seu rosto bonito e gentil cheio de terror e medo enquanto os terroristas batiam em você e em seus amigos, eu soube que lutaria para trazê-lo de volta para casa, para trazer de volta seu sorriso. E eu lutei. Todos nós lutamos, de todas as maneiras possíveis.”
PUBLICIDADE
Dirigindo-se ao filho, ele disse: “Tamir, meu filho, você era pura magia. Brilhante, afiado, articulado, com um sorriso que derretia corações e abraços que podiam quebrar costelas. Meu Tamir, meu menino corajoso. Você lutava contra a ansiedade e tomava remédios para isso, mas quando se alistou, parou. Você enfrentou seus próprios medos com coragem.”
Encerrando, Alon afirmou: “Meu Tamir, me desculpe. Sinto muito por não ter conseguido trazê-lo de volta vivo. Eu gostaria de ter feito mais, mudado algo, qualquer coisa. Perdoe-me, meu amado primogênito. Perdoe-me.”
Ele acrescentou uma mensagem às famílias dos reféns restantes: “Não podemos esquecer ou abandonar os 19 reféns ainda em Gaza. É nosso dever, como povo, fazer tudo o possível para trazê-los de volta para casa. É a responsabilidade sagrada do Estado de Israel não parar, nem por um momento, até que o último refém retorne.”
Mais tarde, Alon Nimrodi ergueu um copo e fez um brinde à memória do filho, dizendo: “Até você voltar, eu bebia um gole todo dia pela sua vida, agora bebo um pela sua memória.”
De acordo com o Israel National News, a irmã de Tamir, Amit Nimrodi, também fez um elogio fúnebre emocionado. “Meu irmão. Acabou. Você finalmente está em casa. Nos meus piores pesadelos, nunca imaginei que teria de fazer seu elogio fúnebre. Sento aqui escrevendo e não sei realmente o que dizer. Como posso resumir uma vida inteira em poucas palavras curtas? Eu fui a sortuda. Fui abençoada com o melhor irmão que poderia pedir, e parte meu coração que tenhamos tido apenas 14 anos juntos.”
Ela continuou: “Esses foram os melhores 14 anos que eu poderia esperar. Você era meu melhor amigo. Sinto sua falta. Sinto falta das noites em que ficávamos acordados conversando sobre tudo. Sinto falta dos seus abraços quando você voltava do exército. Sinto falta das noites em que dormíamos juntos no seu quarto. Agora durmo lá sozinha toda noite. Sinto sua falta, meu irmão. Sinto tanto a sua falta que dói em cada parte do meu corpo.”
“Por dois anos eu esperei por você”, disse ela. “Esperamos por um desfecho, esperamos por um abraço, mas ao mesmo tempo temíamos a batida na porta. E não importa o quanto tentássemos nos preparar para o pior, nada poderia nos preparar para o momento em que nos disseram que você não voltaria para casa.”
Ela concluiu: “Eu te amo, meu irmão. Eu te amo mais profundamente do que as palavras podem expressar. Meu irmão, estou me despedindo, mas não realmente, porque você está sempre comigo, em todos os lugares, o tempo todo. Eu me lembrarei de você para sempre, meu irmão. Proteja o mundo, meu menino doce.
