O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 12 de dezembro o início do julgamento de três acusados de tentar detonar uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, o Aeroporto JK, em 24 de dezembro de 2022.
Eles enfrentam acusações de explosão e posse ilegal de arma de fogo. O caso será examinado no plenário virtual da 1ª Turma, com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, liberado a partir de 12 de dezembro. Os outros membros da Turma — Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia — terão até 19 de dezembro para registrar seus votos.
Os três réus já receberam condenações pela Justiça do Distrito Federal. O empresário George Washington de Oliveira Souza pegou nove anos e quatro meses de prisão. Alan Diego dos Santos foi sentenciado a cinco anos e quatro meses. Wellington Macedo de Souza recebeu pena de seis anos, por expor a população a risco com o uso de explosivos.
Após essas sentenças, o STF passou a analisar crimes adicionais, como tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada e atentado contra a segurança do transporte aéreo. O tribunal também avalia possíveis ligações com outras investigações em andamento. A denúncia partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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De acordo com o Revista Oeste, os três acusados agiram em conjunto para provocar “comoção nacional”, com o intuito de gerar instabilidade que justificasse medidas como intervenção federal ou estado de sítio, defendidas por grupos opostos ao resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
O esquema envolvia colocar um explosivo no eixo traseiro de um caminhão-tanque cheio de combustível, estacionado perto do Aeroporto JK. O motorista percebeu uma irregularidade no veículo e alertou a polícia, que desativou o dispositivo antes de qualquer detonação.
O processo agora é analisado junto com as operações Nero e Lesa Pátria, que apuram ataques e manifestações políticas no Distrito Federal no fim de 2022, o que levou ao encaminhamento de parte do inquérito ao STF para verificar conexões entre os eventos.









