Os dados mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), divulgados na quarta-feira, indicam que as tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, não tiveram um efeito significativo sobre os bolsos dos americanos pelo terceiro mês consecutivo, contrariando as expectativas dos economistas.
Em maio, o CPI subiu 2,4% em comparação com o ano anterior, um leve aumento em relação aos 2,3% registrados em abril, conforme relatado pelo Bureau of Labor Statistics dos EUA. Apesar dos números sólidos contínuos, economistas e altos funcionários do Federal Reserve ainda preveem que os aumentos de preços decorrentes das tarifas de Trump se manifestem ao longo do verão.
O relatório do CPI de quarta-feira foi celebrado por Trump, que incentivou o Federal Reserve a reduzir as taxas de juros em “UM PONTO INTEIRO”. “CPI ACABA DE SER DIVULGADO. ÓTIMOS NÚMEROS! O FED DEVERIA REDUZIR UM PONTO INTEIRO”, Trump postou no Truth Social. “PAGARÍAMOS MUITO MENOS JUROS SOBRE A DÍVIDA QUE VENCE. MUITO IMPORTANTE!!!
Enquanto o índice de alimentos aumentou ligeiramente em maio após cair em abril, os índices de energia e gás diminuíram 1% e 2,6% em relação ao mês anterior, respectivamente. Os preços também caíram para carros usados, passagens aéreas e roupas, que são principalmente importados de países estrangeiros e sujeitos aos altos impostos de Trump, segundo o Daily Wire.
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A “inflação básica”, que exclui os preços de alimentos e energia e é usada como um indicador mais estável da economia futura, aumentou 0,1% em relação ao mês anterior, ficando abaixo das previsões dos economistas. Ano a ano, a “inflação básica” permaneceu estável em 2,8%. O economista sênior da Wells Fargo, Michael Pugliese, disse à CNN que o relatório foi uma “boa leitura” sobre a inflação, mas acrescentou que acredita que “é cedo demais para tirar conclusões sobre se as tarifas estão tendo um efeito ‘X’ ou ‘Y'”.
Alguns economistas argumentam que os americanos ainda não foram atingidos pelos aumentos de preços porque as empresas acumularam estoques antes que as tarifas de Trump entrassem em vigor e conseguiram adiar o aumento dos preços, segundo o New York Times.
O relatório do CPI foi divulgado no mesmo dia em que o ex-presidente Trump anunciou que um acordo comercial havia sido alcançado com a China e que ele aguarda “aprovação final” dele e do presidente chinês Xi Jinping, conforme relatado pelo Daily Wire. O acordo inclui um entendimento sobre minerais de terras raras, tarifas e a permissão para que estudantes chineses estudem em universidades americanas. Um acordo comercial com a China marcaria o passo mais significativo dado pela administração Trump na economia desde que o presidente impôs tarifas massivas em quase todos os países do mundo.
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No entanto, segundo o acordo, os Estados Unidos ainda imporiam uma tarifa de 55% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos americanos ainda seriam atingidos por uma tarifa de 10% da China, de acordo com Trump.
