Revista Oeste / Reprodução

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS obteve dados da Polícia Federal que ligam Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente do Brasil, a pagamentos feitos por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.

Essas informações, relatadas por Edson Claro, apontam para repasses mensais na casa dos R$ 300 mil, com valores totais possivelmente chegando a milhões, embora sem confirmação por documentos.

Os envolvidos negam qualquer irregularidade.

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Edson Claro, que trabalhou para Antunes, enviou à comissão um depoimento tomado em outubro, no qual relata ter visto viagens de Lulinha com o Careca do INSS para Portugal.

O depoimento também cita uma possível sociedade entre os dois, sem especificar o tipo de ligação.

Parte dos membros da CPMI recebeu esses dados, e houve uma tentativa de convocar Claro para depor em outubro, mas parlamentares alinhados ao governo resistiram fortemente, travando a convocação.

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De acordo com o Revista Oeste, documentos anexados à comissão mostram que a Polícia Federal investiga a empresa World Cannabis, com sede em Brasília e pertencente a Antunes e Romeu Carvalho Antunes.

A companhia atua na venda de cannabis medicinal produzida em Portugal.

Investigadores suspeitam que o negócio serviu para movimentar recursos ilícitos de fraudes em descontos a beneficiários do INSS, mas não há provas de envolvimento do filho do presidente.

Mensagens de WhatsApp obtidas reforçam o nome de Fábio Luís em conversas internas do grupo, com menções diretas, fotos e até um envelope com ingresso para show.

Interlocutores expressam preocupação com a exposição pública ligando Lulinha ao esquema, indicando proximidade, mas sem definir seu papel.

A investigação na PF prossegue de forma irregular: uma ala quer acelerar as apurações, enquanto outra vê o material atual como insuficiente para ações mais rigorosas.

Documentos compartilhados com a CPMI indicam que, por enquanto, não há indícios de atuação direta de Fábio Luís nas fraudes contra segurados do INSS, mas o grupo do inquérito destaca que a relação com os investigados merece mais investigação.

Marco Aurélio Carvalho, ex-advogado de Fábio Luís, disse ao Poder360 que considera as acusações improváveis e com potencial para desgaste político.

Representantes da empresa e do Careca do INSS negam irregularidades.

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