Na noite de ontem, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, alertou que seria difícil fechar um acordo comercial com o Canadá caso o país seguisse adiante com planos de reconhecer um Estado palestino. A declaração veio após o Canadá anunciar que se juntaria à França e ao Reino Unido na busca pela afirmação da soberania palestina.
Segundo o Daily Wire, o anúncio canadense ocorreu dois dias antes do prazo final estabelecido por Trump, que poderia impor uma tarifa de 35% ao Canadá se um acordo comercial não fosse alcançado até sexta-feira. “Nossa! O Canadá acaba de anunciar que está apoiando a soberania da Palestina. Isso vai dificultar muito para nós fazermos um acordo comercial com eles. Oh, Canadá!!!” escreveu Trump em seu perfil no Truth Social, por volta da meia-noite.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, divulgou um comunicado na quarta-feira afirmando que “o Canadá pretende reconhecer o Estado da Palestina na 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2025”. Carney também reiterou que “o Hamas deve libertar imediatamente todos os reféns tomados no terrível ataque terrorista de 7 de outubro de 2023; que o Hamas deve se desarmar; e que o Hamas não deve ter nenhum papel na futura governança da Palestina”. Ele acrescentou que “o Canadá sempre apoiará firmemente a existência de Israel como um Estado independente no Oriente Médio, vivendo em paz e segurança. Qualquer caminho para uma paz duradoura para Israel também requer um Estado palestino viável e estável, e um que reconheça o direito inalienável de Israel à segurança e à paz”.
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Na terça-feira, Trump rejeitou a ideia de reconhecer um Estado palestino, afirmando que tal ação seria equivalente a “premiar” o grupo terrorista Hamas. “Bem, você pode argumentar que está recompensando pessoas, que está recompensando o Hamas se fizer isso”, disse Trump. “E eu não acho que eles deveriam ser recompensados. Então, eu não estou nesse campo, para ser honesto. Vamos te informar onde estamos, mas eu não estou nesse campo, porque se você fizer isso, estará realmente recompensando o Hamas, e eu não estou disposto a fazer isso”.
No início desta semana, a administração de Trump boicotou uma conferência das Nações Unidas que promovia a solução de dois Estados, chamando o evento de “publicidade” e um “insulto”. Trump tem usado tarifas para pressionar países que ele acredita estarem agindo contra os interesses americanos. Na quarta-feira, ele afirmou que imporia uma tarifa de 25% e uma penalidade adicional não especificada à Índia por continuar a comprar petróleo e equipamentos militares da Rússia em meio à guerra com a Ucrânia. Sua administração fez ameaças semelhantes à China pela compra de petróleo russo sancionado.
