O governo Trump anunciou que estados e cidades dos EUA que participarem de boicotes a empresas israelenses serão privados de financiamento federal para preparação contra desastres. A decisão foi divulgada na segunda-feira.
A Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) dos EUA publicou avisos na sexta-feira indicando que os estados devem aderir aos seus “termos e condições” para se qualificarem para o financiamento federal de preparação para desastres. Essas condições exigem que os estados certifiquem que não cortarão “relações comerciais especificamente com empresas israelenses” para acessar subsídios, que totalizam pelo menos US$ 1,9 bilhão. Esse financiamento é utilizado para cobrir despesas críticas, como equipamentos de busca e resgate, salários de gerentes de emergência e sistemas de energia de backup.
De acordo com o Israel National News, o anúncio é uma continuação da estratégia do governo Trump de usar recursos federais para promover suas visões sobre Israel. No início deste ano, o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA declarou que estados e cidades que boicotarem Israel seriam impedidos de receber financiamento da FEMA.
Essa nova regra visa especificamente o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que busca pressionar economicamente Israel para que encerre sua presença na Judeia e Samaria. Os apoiadores do BDS têm sido mais expressivos nos últimos anos, especialmente após o Hamas atacar o sul de Israel e Israel lançar uma invasão em Gaza em 2023.
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Um porta-voz do DHS, liderado pela Secretária Kristi Noem, reforçou a política, afirmando: “O DHS fará cumprir todas as leis e políticas antidiscriminação, incluindo aquelas relacionadas ao movimento BDS, que é expressamente baseado no antissemitismo.”
Embora a política seja amplamente simbólica — uma vez que 34 estados já possuem leis ou políticas anti-BDS em vigor —, ela marca um movimento significativo do governo Trump para alinhar ainda mais sua agenda política com decisões de financiamento federal.









