Em uma ação decisiva, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, influenciou diretamente a resolução de um conflito entre Tailândia e Camboja. Após uma conversa com os líderes dos dois países no sábado, um acordo de cessar-fogo foi firmado, entrando em vigor à meia-noite de segunda-feira, 27 de julho de 2025. Trump ameaçou não celebrar acordos comerciais com nenhuma das nações até que a luta cessasse.
De acordo com informações do Daily Wire, o conflito eclodiu na última quinta-feira, 24 de julho de 2025, próximo a um templo reivindicado por ambos os países. A violência resultou na morte de dezenas de pessoas e no deslocamento de centenas de milhares de civis. Os ataques incluíram bombardeios aéreos e foguetes ao longo da fronteira de 817 quilômetros que separa os dois países do Sudeste Asiático. Este foi o conflito mais mortal entre Tailândia e Camboja em quase 15 anos, com 36 vítimas fatais.
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O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, e o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, selaram o acordo de paz em Putrajaya, Malásia, apenas algumas horas após a intervenção de Trump. As negociações de paz foram organizadas por oficiais da Malásia e dos EUA. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, anunciou que ambos os países concordaram com “um cessar-fogo imediato e incondicional a partir da meia-noite de hoje”.
Trump comentou sobre o acordo de cessar-fogo enquanto falava com repórteres na Escócia na segunda-feira, 27 de julho de 2025. Ele declarou: “Aquilo seria uma guerra muito ruim, e estamos honrados por termos nos envolvido. Está essencialmente resolvido”. Ele acrescentou que o conflito poderia ter durado anos e resultado na morte de milhões de pessoas, expressando satisfação pela resolução do conflito.
O conflito atraiu a atenção dos Estados Unidos e da China, ambos com interesses na região. A Tailândia é uma parceira militar e comercial dos EUA, enquanto a China é o maior parceiro comercial de ambos os países. Além disso, a China financia uma grande base naval no Camboja. Diplomáticos chineses estiveram presentes nas negociações de paz em Putrajaya, pressionando ambos os países a concordarem com o cessar-fogo.
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O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, afirmou que a reunião foi “muito boa” e que os resultados esperados eram “parar imediatamente a luta que causou muitas mortes, ferimentos e também deslocamento de pessoas”. O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, que anteriormente expressou dúvidas sobre a adesão do Camboja aos termos do cessar-fogo, disse que o acordo seria “executado com sucesso de boa fé por ambos os lados”.
No domingo, 26 de julho de 2025, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou ter conversado com líderes de ambos os países, acrescentando que ele e Trump estavam “monitorando a situação muito de perto”. Rubio expressou o desejo de que o conflito terminasse o mais rápido possível.
Em uma postagem no Truth Social no sábado, 25 de julho de 2025, Trump declarou que não faria um acordo comercial com nenhum dos países se a luta continuasse. A administração Trump está atualmente em negociações com a Tailândia e o Camboja, enquanto o presidente se prepara para lançar tarifas mundiais em 1º de agosto de 2025.
A Tailândia foi um importante parceiro comercial dos EUA em 2024, exportando US$ 63,3 bilhões em mercadorias, incluindo equipamentos eletrônicos e reatores nucleares, de acordo com o Trading Economics.









