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Preocupações estão aumentando de que o presidente dos EUA, Donald Trump, possa fechar um acordo nuclear com o Irã que seja apenas cosmeticamente diferente da versão feita pelo presidente Barack Obama, discutiram Calev Ben David e Elliot Jager no podcast The Jerusalem Dispatch do The Jerusalem Post.

A discussão foi motivada pelas negociações entre o regime iraniano e os EUA realizadas em Omã, bem como pela recente visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à Casa Branca. Insiders e analistas observaram que, embora a visita de Netanyahu a Trump tenha incluído discussões sobre negociações de reféns e tarifas dos EUA, o motivo principal foi o Irã.

Há certos sinais de que a administração Trump está inclinada a um acordo com o Irã que toma medidas para impedir que ele obtenha armas nucleares”, disse Ben David, embora tenha observado que “não seria o modelo da Líbia”.

O modelo da Líbia é uma referência ao acordo feito com o ditador líbio Muammar Gaddafi, no qual ele desmantelou completamente o programa nuclear do país – sem centrífugas ou urânio. Esta também é a posição declarada de Netanyahu sobre o que precisa acontecer com o Irã.

Não ouvimos mais o presidente Trump ou [o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio] Steve Witkoff falarem sobre um desmantelamento completo do programa nuclear iraniano”, observou Ben David, acrescentando que, se o acordo acabar sendo algo menos que um desmantelamento completo, “será um desafio para o primeiro-ministro Netanyahu aceitá-lo. Realmente seria apenas o acordo de Obama, talvez com alguns enfeites para torná-lo mais palatável para Israel”.

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