Khamenei.ir/ Wikimedia Commons

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impediu um plano de Israel para assassinar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, segundo informações obtidas pela agência Reuters no domingo, 15 de junho de 2025. Fontes do governo norte-americano revelaram à agência que Israel notificou os EUA sobre uma oportunidade identificada para eliminar Khamenei, mas Trump rejeitou a proposta. A decisão teria ocorrido durante uma operação israelense contra o programa nuclear iraniano.

De acordo com autoridades americanas, os dois países mantiveram comunicação constante ao longo da operação, com o objetivo de coordenar esforços para conter as ambições nucleares do Irã. A Reuters, porém, não confirmou se Trump comunicou diretamente sua decisão ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, embora os líderes mantenham diálogos frequentes.

Em entrevista à Fox News, Netanyahu evitou comentar detalhes sobre o suposto plano, classificando muitos relatos como “falsos diálogos que nunca ocorreram”. Ele afirmou, no entanto, que Israel fará “o que for necessário” e que os EUA sabem o que é melhor para seus interesses. A operação israelense, que incluiu a morte de dois líderes iranianos na quinta-feira, 12 de junho — o chefe do Estado-Maior, general Mohammad Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami —, intensificou as tensões com o Irã, de acordo com a Revista Oeste.

O conflito já havia levado ao cancelamento de negociações nucleares previstas em Omã. Trump, que declarou não ter sido surpreendido pela ação de Israel, usou suas redes sociais para pressionar o Irã a negociar, alertando que a situação do país “piorará muito” caso contrário. A Casa Branca, segundo o presidente, estava preparada para o desenrolar dos eventos.

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