O vendaval que atingiu o Estado de São Paulo na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, levou ao cancelamento de 167 voos no Aeroporto de Congonhas e à alteração de trajeto de 31 aeronaves no Aeroporto de Guarulhos.
De acordo com informações de Revista Oeste, dos voos cancelados em Congonhas, 80 eram pousos e 87 eram decolagens. Em Guarulhos, as aeronaves foram redirecionadas para outros aeroportos.
PUBLICIDADE
Os cancelamentos geraram um caos no Aeroporto de Congonhas, com longas filas no saguão e passageiros precisando remarcar voos enquanto aguardavam a retomada das operações após o vendaval.
Passageiros compartilharam vídeos e relatos sobre a confusão em Congonhas.
Um deles postou: “Meus amores, o CAOS que está em Congonhas vocês não conseguem dimensionar”, com um vídeo anexado.
Outro relatou: “o pesadelo vivido hoje no aeroporto de congonhas”, também com vídeo.
PUBLICIDADE
E um terceiro disse: “Depois do caos em Congonhas, remarquei minha volta pra Porto Alegre pra segunda-feira. 7 horas na fila pra ser atendido pela Azul!”, incluindo imagem.
As companhias aéreas Gol e Latam relataram que cancelamentos, atrasos e mudanças de voos ocorreram em todo o Brasil, especialmente nos dias 09 e 10 de dezembro de 2025, por causa das condições climáticas.
A Latam informou que os voos de e para Congonhas e Guarulhos foram os mais afetados nesse período. Em Guarulhos, as decolagens prosseguiram normalmente, mas as chegadas só começaram a se normalizar após as 16h20, com a redução das rajadas de vento.
A estação meteorológica do Aeroporto de Congonhas registrou ventos de 96,3 km/h ao meio-dia, enquanto em áreas como Lapa e Santana, as rajadas ultrapassaram 80 km/h, conforme a Defesa Civil. Ventos acima de 90 km/h são considerados muito fortes e podem danificar estruturas frágeis, derrubar galhos e complicar o movimento de pessoas e veículos.
Pela escala de Beaufort, referência internacional para a intensidade dos ventos, as rajadas em São Paulo se enquadraram nas categorias 10 e 11, que indicam tempestade, com velocidades entre 89 km/h e 117 km/h. O impacto incluiu a queda de 57 árvores apenas na manhã da quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, e 514 chamadas ao Corpo de Bombeiros para remoção de árvores entre 0h e 12h.
O fenômeno responsável pelos ventos foi um ciclone extratropical formado na região Sul, segundo a Defesa Civil. Esse sistema alterou o clima no Sul, no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, provocando temporais, ventos intensos e ondas fortes.
Em São Paulo, houve interrupção no fornecimento de energia para quase 2 milhões de residências e o fechamento de parques. Até as 14h15, 1,8 milhão de imóveis na Grande São Paulo estavam sem energia, sendo 1,2 milhão apenas na capital, de acordo com a Enel. O Hospital São Paulo, por exemplo, ficou sem luz desde as 22h da terça-feira, 09 de dezembro de 2025, e as consultas do dia foram canceladas.
