Revista Oeste / Reprodução

Críticas e protestos surgiram durante a participação de Washington Quaquá em um seminário do PT no Rio de Janeiro, ocorrido em 02 de dezembro de 2025. O prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do partido irritou parte da plateia ao comentar a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, realizada em outubro de 2025, quando 122 pessoas morreram, incluindo cinco agentes de segurança.

De acordo com o Revista Oeste, Quaquá afirmou que o Bope “só matou otário” durante a ação. Essa declaração provocou reações gritadas da plateia, com acusações de falsidade. Uma participante elevou o tom e mencionou o suposto caso de um pedreiro morto na região. O prefeito rebateu em voz alta, dizendo que os críticos não aceitavam opiniões contrárias. O confronto interrompeu o evento por alguns momentos.

O dirigente já havia elogiado a operação em ocasiões anteriores. A ação superou o número de mortos do Carandiru, em 1992, tornando-se a mais letal do país. Apesar disso, Quaquá manteve sua posição e declarou que não recuaria. Sua avaliação contrasta com declarações recentes de líderes federais do partido: o presidente Lula chamou a investida policial de “matança”, enquanto Guilherme Boulos a classificou como “desastroso”.

Em conversa com jornalistas após o seminário, Quaquá defendeu que áreas dominadas por facções precisam ser retomadas pelo Estado. Para ele, a operação fracassou por não ter mantido presença no território. Ele destacou que o tráfico controla a rotina dos moradores e que uma ocupação contínua é essencial para reduzir abusos.

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O prefeito argumentou que o número de mortos não deve ser o foco principal e mencionou a presença de centenas de membros do tráfico na região. Ele também afirmou que a morte de qualquer inocente é inaceitável, mas reforçou que grupos criminosos “oprimem o povo” e que operações permanentes podem mudar a realidade local.

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