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Dois altos funcionários iranianos aconselharam o Líder Supremo, Ayatollah Ali Khamenei, a iniciar negociações nucleares com a administração Trump, alertando que a falta de diálogo poderia resultar em guerra com Washington e levar à queda do regime, segundo reportagem do The New York Times na sexta-feira, citando os altos funcionários.

Khamenei acabou seguindo o conselho dos funcionários e autorizou negociações com Washington, de acordo com o relatório. As conversas começariam de forma indireta, por meio de um intermediário, e depois evoluiriam para negociações diretas entre os dois países. O relatório do NYT foi publicado um dia antes de os dois países se encontrarem em Omã para as negociações indiretas.

Os funcionários informaram ao líder supremo que, caso as negociações fracassassem, o exército americano atacaria Natanz e Fordow, dois locais nucleares da República Islâmica. O presidente dos EUA, Donald Trump, também afirmou esta semana que “o Irã estaria em grande perigo” se as conversas entre os dois países não avançassem. O NYT também citou os funcionários dizendo que uma guerra com Israel seria prejudicial ao regime.

As conversas entre Khamenei e os chefes do judiciário e do parlamento do país, que supostamente duraram horas, ocorreram em março em resposta a uma carta de Trump solicitando negociações nucleares. A República Islâmica respondeu oficialmente confirmando sua participação nas negociações, segundo os funcionários disseram ao NYT.

Funcionários iranianos acrescentaram que a crise econômica do país, que seria ainda mais prejudicada em uma possível guerra com Israel e os EUA, também contribuiria para a queda da República Islâmica, conforme observado no relatório. No mês passado, o parlamento iraniano destituiu o Ministro da Economia, Abdolnasser Hemmati, com o presidente do parlamento, Mohammad Bagher Qalibaf, afirmando que a decisão foi motivada pela insatisfação generalizada com a gestão da economia, que sofre com sanções internacionais.

As negociações de sábado em Omã, que também atuará como mediador, terão a República Islâmica representada por

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