Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), publicou um vídeo nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, criticando a inação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que desviaram cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. “Hoje, o Brasil deveria celebrar o Dia do Trabalhador, mas está de luto. Quem trabalhou a vida inteira foi roubado para comprar joias, obras de arte e carros como Porsche e Ferrari”, declarou Zema, expressando solidariedade às vítimas.

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Zema questionou a permanência do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT-RJ), no cargo, especialmente após Lupi admitir ter conhecimento do esquema. O governador sugeriu que a falta de medidas por parte de Lula pode indicar receio de que as investigações da Polícia Federal (PF) alcancem aliados do governo. “Não me calo. Vamos acabar com essa quadrilha”, afirmou.

Em pronunciamento na quarta-feira, 30 de abril, em rede nacional, Lula destacou que seu governo desmantelou o esquema por meio de uma operação conjunta da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU). “Na última semana, desmontamos uma rede criminosa que cobrava valores indevidos de aposentados desde 2019”, disse, anunciando que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para processar as associações envolvidas e garantir o ressarcimento aos beneficiários.

A ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, defendeu Lupi em entrevista à GloboNews, afirmando que o inquérito da PF, com 1.900 páginas, não apresenta indícios contra ele. “Lula age com cautela e respeita a presunção de inocência. Sem evidências, não há motivo para afastá-lo”, declarou. Contudo, atas do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) revelam que Lupi foi alertado sobre os descontos indevidos em junho de 2023, mas só tomou medidas concretas quase dez meses depois, de acordo com a Revista Oeste.

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