Os ataques contra os Estados Unidos realizados por grupos vinculados ao Irã cresceram dramaticamente no último ano, com um aumento de 630% nas ações hostis desde o ataque terrorista do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, conforme um relatório do Instituto Judaico de Segurança Nacional da América (JINSA), obtido com exclusividade pela Fox News Digital.
Essas ações hostis incluem ataques com projéteis, agressões marítimas, grandes intrusões cibernéticas, sequestros e atentados terroristas, e intensificaram-se desde a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã em 2018 e ao longo do mandato do presidente Biden. Após o ataque do Hamas, grupos apoiados pelo Irã aumentaram as ofensivas tanto contra Israel, principal aliado dos EUA no Oriente Médio, quanto contra tropas americanas no Iraque e Síria, além de navios da marinha americana que foram alvos de terroristas houthis no Iêmen.
"Desde 17 de outubro de 2023, grupos apoiados pelo Irã lançaram ao menos 204 ataques com mais de 330 foguetes, mísseis e drones contra o pessoal dos EUA," afirmou Ari Cicurel, diretor assistente de política externa do JINSA, em seu relatório divulgado na terça-feira.
Conforme Israel intensificava suas operações contra o Hezbollah no Líbano e preparava um ataque contra Teerã, os grupos iranianos aumentaram os ataques contra tropas dos EUA em países vizinhos. Cicurel sugeriu que o Irã poderia escalar esses ataques com o objetivo de pressionar Washington a conter as ações de Israel.
Na Síria, grupos milicianos duplicaram seus ataques contra forças americanas em 15 incidentes no último mês, em comparação aos sete ataques registrados em setembro. Contudo, este número ainda é inferior ao registrado em janeiro, quando ocorreram 34 ataques na Síria e 19 no Iraque.
Os ataques documentados no relatório do JINSA não incluem ações do ISIS nem os mais recentes ataques contra os EUA. O Pentágono confirmou que, na segunda-feira, terroristas houthis do Iêmen atacaram três destroyers americanos no estreito de Bab al-Mandab e que, no domingo, outros dois ataques foram realizados por grupos pró-Irã no nordeste da Síria.
"Esses ataques degradam a capacidade dos grupos apoiados pelo Irã de planejar e lançar futuros ataques contra as forças dos EUA e da coalizão," afirmou o porta-voz do Pentágono, Major General Pat Ryder.
Antes dos ataques de outubro de 2023, grupos militantes sancionados pelo Irã preferiam direcionar suas ofensivas contra tropas dos EUA, evitando alvos israelenses devido à expectativa de uma resposta mais severa de Israel. Essa abordagem, no entanto, mudou após o ataque do Hamas, com grupos pró-Irã no Iraque lançando mais de 110 drones e mísseis contra Israel.
Analistas de segurança alertaram que, com a destruição das capacidades do Hamas e a neutralização do Hezbollah, o Irã poderá redobrar seus ataques usando seus aliados no Iraque e na Síria, ampliando o uso de drones, foguetes e mísseis de fabricação iraniana contra Israel.
Como reportado por Caitlin McFall na Fox News.