Agentes federais dos EUA frustraram, nesta semana, um segundo suposto plano orquestrado pelo Irã para assassinar o presidente eleito Donald Trump.
O Departamento de Justiça dos EUA revelou uma acusação contra diversos indivíduos envolvidos em conspirações para assassinar um dissidente iraniano, dois cidadãos judeus americanos e Trump em território americano.
“Irã é um dos atores mais perigosos para a segurança nacional dos Estados Unidos”, declarou o procurador-geral Merrick B. Garland. “O Departamento de Justiça processou um agente do regime iraniano encarregado de coordenar uma rede criminosa para executar os planos de assassinato do Irã, incluindo o do presidente eleito Donald Trump.”
Entre os acusados está Farhad Shakeri, de 51 anos, do Irã, que enfrenta várias acusações, incluindo conspiração para assassinato por encomenda, lavagem de dinheiro, apoio material a uma organização terrorista estrangeira e violação da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional e das sanções ao governo iraniano.
Shakeri, que permanece foragido e é considerado residente no Irã, pode enfrentar até 100 anos de prisão se condenado em todas as acusações. Segundo os promotores, ele é um ativo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e tem utilizado contatos que conheceu durante sua estadia nos EUA para reunir operativos destinados a realizar vigilância e assassinatos de alvos do IRGC.
O acusado teria contratado dois indivíduos para matar o dissidente iraniano e os dois cidadãos judeus americanos. No entanto, com a aproximação das eleições, o IRGC teria instruído Shakeri a suspender esses assassinatos para focar na eliminação de Trump.
De acordo com o indiciamento, Shakeri relatou aos contatos do IRGC que a operação custaria uma grande quantia em dinheiro, ao que um oficial do IRGC teria respondido que o custo não seria um problema, indicando que já haviam investido somas significativas para executar o plano.
Em uma reunião recente com um oficial do IRGC, Shakeri foi orientado a planejar o assassinato de Trump em uma semana. Caso não fosse possível, o plano seria suspenso temporariamente, acreditando-se que, em caso de derrota nas eleições, Trump se tornaria um alvo mais acessível.
As autoridades federais prenderam Carlisle Rivera, conhecido como “Pop,” de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathon Loadholt, de 36 anos, de Staten Island, Nova York, por envolvimento nos planos de assassinato do dissidente iraniano e dos cidadãos judeus.
“As acusações de hoje revelam as tentativas do Irã de alvejar cidadãos americanos, incluindo o presidente eleito Donald Trump e outros críticos do regime de Teerã”, afirmou Christopher Wray, diretor do FBI. “A Guarda Revolucionária Islâmica tem conspirado com criminosos para atacar cidadãos americanos em solo dos EUA, e isso não será tolerado.”
Esse é o segundo plano de assassinato conhecido contra Trump vindo do Irã, desmantelado por autoridades federais.
Como reportado por Ryan Saavedra no DailyWire.