A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (3), o Projeto de Lei Orçamentária para 2025, definindo um orçamento de R$ 124 bilhões para o próximo ano, o primeiro do novo mandato do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). O valor representa um aumento de 12% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 111 bilhões.
A votação ocorreu de forma simbólica, com oposição registrada apenas pela bancada do Psol, composta por cinco vereadores. O projeto original, enviado pelo Executivo, previa receitas de R$ 122,75 bilhões, mas foi ajustado para R$ 124,05 bilhões pelo vereador Sidney Cruz (MDB), relator do orçamento. O aumento reflete uma revisão das projeções de arrecadação, especialmente de tributos como o Imposto sobre Serviços (ISS), estimado em R$ 37 bilhões, e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de R$ 18 bilhões.
Com a aprovação, São Paulo mantém sua posição como o terceiro maior orçamento público do Brasil, atrás apenas do governo federal e do governo do estado.
O orçamento de 2025 apresenta mudanças significativas em relação aos anos anteriores. A Secretaria de Habitação, por exemplo, terá um aumento de R$ 1 bilhão, totalizando R$ 3,8 bilhões, destinados ao Programa Pode Entrar. Esse programa visa adquirir imóveis para serem repassados a beneficiários, que pagarão parcelas de até 15% de sua renda, enquanto o restante será subsidiado pela prefeitura.
As áreas de educação e saúde continuam como prioridades, com alocações de R$ 27,1 bilhões e R$ 22,8 bilhões, respectivamente. Desde que Ricardo Nunes assumiu a prefeitura, em 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), o orçamento da cidade vem apresentando crescimento expressivo. Em 2021, o orçamento inicial era de R$ 68 bilhões (equivalente a R$ 87 bilhões em valores corrigidos pela inflação).
O próximo passo para a aprovação definitiva do orçamento é a análise das emendas apresentadas pelos vereadores, que deve ser concluída nas próximas duas semanas. Após essa etapa, o projeto será encaminhado ao prefeito Ricardo Nunes, que decidirá pela sanção ou veto.
Com esse aumento significativo no orçamento, espera-se que São Paulo avance em projetos importantes, como habitação, saúde e educação, reforçando o compromisso com o desenvolvimento urbano e social da maior cidade do Brasil.
Reportado pela Redação Oeste na Revista Oeste.
