Uma exposição fotográfica nas Nações Unidas, em Nova York, intitulada “Gaza, Palestine: A Crisis of Humanity, a Cry for Justice”, destaca a destruição em Gaza e corpos de palestinos mortos, mas não faz qualquer menção ao grupo terrorista Hamas ou ao massacre de mais de 1.200 pessoas em Israel no dia 7 de outubro de 2023.
A mostra apresenta imagens de edifícios destruídos e civis mortos durante a guerra de retaliação de Israel contra o Hamas, mas evita abordar os ataques que desencadearam o conflito. “Esse texto foi escrito pela missão palestina na ONU, e, em todo o texto longo, você não encontrará a palavra ‘Hamas’”, afirmou Jonathan Harounoff, porta-voz internacional da missão israelense na ONU, ao Jewish News Syndicate. “Eles nunca mencionam os responsáveis pelos ataques de 7 de outubro de 2023. É uma narrativa seletiva que ignora o que causou tudo isso.”
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, classificou a exposição como “terrorismo diplomático” em um post na rede X: “Quando a ONU vai parar de gastar milhões espalhando mentiras e, em vez disso, aprovar uma resolução moral que condene o Hamas e peça a libertação de nossos reféns? Vergonhoso!”
A ONU tem sido acusada repetidamente de parcialidade contra Israel. Em novembro, um comitê especial das Nações Unidas acusou Israel de “possibilidade de genocídio em Gaza e um sistema de apartheid na Cisjordânia”. Essa narrativa tem sido apoiada por figuras como Volker Turk, Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, que frequentemente critica Israel.
Recentemente, a conselheira especial da ONU para a Prevenção de Genocídios, Alice Nderitu, foi demitida após se recusar a declarar que a campanha de Israel em Gaza constituía genocídio. O Wall Street Journal noticiou que Nderitu, do Quênia, afirmou que as ações de Israel não se enquadram na definição de genocídio e, por isso, foi retirada do cargo. “Ela foi demitida porque não se alinhou às acusações infundadas contra Israel”, escreveu o conselho editorial do jornal.
Dados do UN Watch destacam o viés histórico da ONU contra Israel:
- De 2015 a 2024, a Assembleia Geral da ONU adotou 164 resoluções contra Israel, enquanto outras nações somaram 84 resoluções no mesmo período.
- Desde 2006, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou 108 resoluções contra Israel, comparado a 44 contra a Síria, 15 contra o Irã, 8 contra a Rússia e 3 contra a Venezuela.
Um incidente de 2017 exemplifica essa parcialidade: a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) usou uma foto de uma jovem árabe em meio a escombros na Síria como se fosse uma garota em Gaza, sugerindo opressão israelense.
Reportado por Hank Berrien no DailyWire.