Na segunda-feira, foi reportado que forças russas capturaram um ex-soldado do Exército Britânico que estava lutando ao lado das tropas ucranianas na região de Kursk.
Em um vídeo divulgado, o prisioneiro de guerra é identificado como James Scott Rhys Anderson, de 22 anos, sentado em um banco com as mãos presas. Ele declarou ter servido no Exército Britânico de 2019 a 2023, no 22º Regimento de Sinalização, como soldado e sinalizador.
Anderson demonstrou arrependimento por ter se unido às forças ucranianas na guerra contra a Rússia, afirmando que tomou essa decisão em um momento de desespero após perder seu emprego e enfrentar problemas familiares, incluindo o encarceramento de seu pai.
“Foi uma ideia estúpida,” disse Anderson no vídeo. Ele explicou que se alistou na Legião Internacional para a Defesa da Ucrânia após ver informações na TV. A Legião foi criada a pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy em resposta à invasão russa em larga escala, iniciada em fevereiro de 2022.
Anderson relatou que atuava como instrutor para soldados ucranianos, mas foi enviado contra sua vontade para a região de Kursk. Segundo ele, seu comandante confiscou seus pertences, incluindo passaporte e telefone, antes de ordená-lo a ir para o front. “Eu não quero estar aqui,” afirmou no vídeo.
Embora a Associated Press não tenha conseguido verificar a autenticidade do relato de forma independente, se confirmado, este pode ser um dos primeiros casos públicos de um ocidental capturado em território russo enquanto lutava pela Ucrânia.
A Embaixada do Reino Unido em Moscou informou que está prestando apoio à família de um cidadão britânico após relatos de sua detenção, mas não divulgou detalhes adicionais. O pai de Anderson, Scott Anderson, declarou ao Daily Mail que foi informado da captura pelo comandante ucraniano de seu filho e expressou grande preocupação com sua segurança, temendo tortura.
Em seu relato, James Anderson explicou que viajou do Reino Unido para a Ucrânia via Polônia, passando por Londres Luton, Cracóvia e depois Medyka, cidade próxima à fronteira ucraniana.
Enquanto isso, a captura de Anderson coincide com informações de que a Rússia estaria recrutando centenas de homens iemenitas para lutar na guerra, atraindo-os sob falsas promessas em coordenação com a rede terrorista Houthi, segundo o Financial Times. Autoridades ucranianas confirmaram que Moscou está buscando envolver mercenários estrangeiros, especialmente de países pobres ou aliados, em seu conflito contra a Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Ucrânia também destacou que a Rússia escalou o conflito ao trazer combatentes norte-coreanos e usar mísseis balísticos no território ucraniano.
Reportaado por Greg Wehner na Fox News.