Um estudante universitário de 18 anos, natural do Egito e residente nos Estados Unidos, foi preso em Falls Church, Virgínia, na última terça-feira, sob a acusação de planejar um ataque terrorista contra o consulado-geral de Israel em Nova York. Abdullah Ezzeldin Taha Mohamed Hassan, calouro da Universidade George Mason, pode enfrentar até 20 anos de prisão federal caso seja condenado por tentar ensinar outra pessoa a fabricar explosivos com a intenção de assassinar indivíduos internacionalmente protegidos.
Promotores federais indicaram que Hassan poderá enfrentar novas acusações à medida que a investigação criminal avança. Atualmente, ele também está em processo de deportação, mas esse procedimento deverá ser suspenso até o cumprimento de sua sentença, caso seja condenado.
As autoridades afirmam que Hassan operava diversos canais nas redes sociais, usados para disseminar propaganda pró-ISIS e Al Qaeda, promovendo violência contra judeus. Em publicações online, ele exaltava Osama bin Laden como seu “ídolo” e expressava o desejo de ver ataques terroristas do ISIS em locais de grande público, como eventos esportivos.
Em 2022, o FBI já havia entrevistado Hassan por suspeitas de propagação de conteúdo extremista online. Durante a investigação, os agentes descobriram que ele sabia como apagar seus rastros digitais, dificultando o monitoramento.
Hassan teria recrutado um informante disfarçado, que trabalhava com as autoridades, para se juntar ao ISIS e realizar um ataque nos Estados Unidos. Ele sugeriu métodos variados de ataque, incluindo tiroteios em massa com rifles, uso de coletes suicidas e bombas em mochilas.
De acordo com documentos judiciais, Hassan compartilhou um vídeo do ISIS explicando o processo de fabricação de explosivos. “No vídeo, um homem mascarado em roupas militares demonstra como fabricar peróxido de acetona, um explosivo,” afirma o relatório. “O vídeo também ensina como criar um detonador, montar o explosivo principal e envolvê-lo com fragmentos, como esferas de aço, para aumentar o impacto. No final, o narrador declara: ‘Agora temos uma bomba pronta.’”
Segundo a investigação, o alvo principal de Hassan era o consulado-geral de Israel em Nova York, que ele descreveu como “um tesouro de alvos”. Em conversas, ele usava o termo árabe “Yahud” para se referir a judeus, destacando seu objetivo de atacar essas pessoas especificamente.
Hassan permanece sob custódia enquanto o caso segue em andamento.